11 de outubro marca o Dia Internacional das Raparigas, uma data assinalada pelas Nações Unidas desde 2011 para reconhecer os direitos de meninas e raparigas e os desafios únicos que estas enfrentam em todo o mundo. Em Portugal, a data fica marcada com o lançamento de uma nova edição do programa Engenheiras Por Um Dia. 

Em comunicado, a Comissão para a Igualdade de Género (CIG) lembra que a iniciativa tem como objetivo “promover, junto das jovens estudantes dos ensinos básico e secundário, a opção pelas engenharias e pelas tecnologias”, com foco na desconstrução de estereótipos que podem condicionar as suas opções escolares e de carreira.

Ao todo, a 7ª edição do programa, que decorrerá ao longo do ano letivo 2023/2024, contará com a participação de 186 entidades: 62 escolas e agrupamentos de escolas; 23 instituições de ensino superior; e 101 empresas, associações e municípios.

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Entre as atividades previstas estão, por exemplo, desafios de engenharia, ações de mentoria, workshops e visitas de estudo. As atividades têm uma uma componente multidisciplinar e foram concebidas para complementar o programa escolar e para que as raparigas possam experimentar e refletir sobre o seu futuro profissional.

A edição deste ano fica também marcada por novidades, como um projeto-piloto com crianças e jovens de faixas etárias mais novas, avança o CIG. Além do Dia Internacional das Raparigas, esta edição do programa vai assinalar também outras datas importantes ligadas ao papel das mulheres.

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Em destaque estão o Dia Internacional da Mulher e o Dia das Raparigas nas TIC (Girls in ICT Day), duas iniciativas que visam reforçar o combate à segregação das profissões, aumentar o número de mulheres nas tecnologias e engenharias em Portugal e promover a igualdade entre homens e mulheres na educação e no mercado de trabalho.

“Precisamos de reverter as desigualdades no acesso e nas competências”, afirma Isabel Almeida Rodrigues, Secretária de Estado da Igualdade e Migrações. “Precisamos de investir na educação digital e científica para meninas e mulheres e permitir-lhes que ocupem lugares de liderança nos setores das tecnologias e da inovação”, aponta.

“O mundo não pode ser privado do potencial, da inteligência ou da criatividade de milhares de meninas e mulheres”, realça Isabel Almeida Rodrigues.

Desde a sua criação em 2017, o programa Engenheiras Por Um Dia já alcançou 18.964 jovens do 3º ciclo e do ensino secundário. Recorde-se que a iniciativa é coordenada pela CIG e pelo programa INCoDe.2030 e implementada pela Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI), Instituto Superior Técnico e Ordem dos Engenheiros.