É apresentada esta segunda-feira, dia 18 de dezembro, a primeira Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes (ENTI) que, sob o lema transformar dados em ação, pretende facilitar a vida das pessoas e das empresas através de uma mudança na abordagem aos dados, para uma gestão eficiente e sustentável do território, tendo por base a inovação e a transparência", pode ler-se no comunicado da presidência do Conselho de Ministros.
Atuando nos domínios da governança, sociedade, mobilidade, ambiente, qualidade de vida e economia, as várias ações que compõem a ENTI concentram-se, em parte, na gestão inteligente de recursos essenciais, como a água, a mobilidade, ou a energia, entre outros, assegurando a sua alocação eficiente, otimizando o funcionamento das cidades, zonas rurais, florestais, áreas de proteção e comunidades em geral.
Além disso, a Estratégia também contempla entre os seus objetivos a cooperação entre autarquias, empresas e academia, promovendo a criação de sinergias e iniciativas, bem como visa capacitar e preparar a comunidade para enfrentar desafios futuros.
“A relevância da apresentação da primeira Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes reflete-se num conjunto de orientações para acelerar a transformação dos municípios e posicionar Portugal como uma nação digital", explica Mário Campolargo, citado no comunicado.
Para o Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa a nova estratégia vai "contribuir para uma tomada de decisão pública mais fundamentada, baseada em evidências e alavancar uma gestão ainda mais inteligente de recursos essenciais dos territórios”.
Contando com um investimento de 60 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), envolveu a participação ativa de autarquias, comissões de coordenação e desenvolvimento regional, comunidades intermunicipais, assim como empresas das áreas das tecnologias e das telecomunicações, instituições de ensino superior e organismos integrados no sistema nacional de ciência e tecnologia no seu desenho e construção colaborativa.
Este instrumento de política pública vem impulsionar a implementação de 16 iniciativas estratégicas e 31 recomendações locais que, através de soluções tecnológicas, permitem antecipar, gerir e planear as necessidades dos territórios, abrangendo áreas urbanas e rurais, num compromisso com a promoção da igualdade territorial.
Subjacente à ENTI, está uma mudança na abordagem de como será possível gerar dados, integrá-los, partilhá-los e analisá-los, pelo que a criação da Plataforma de Dados Portugal, coordenada pela Agência para a Modernização Administrativa, vai desempenhar um papel fundamental", refere o comunicado.
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