A Sony continua a registar prejuízos na sua divisão mobile e no último trimestre de 2018 havia revelado 142 milhões de dólares negativos no departamento e no ano total, perdas de cerca de 870 milhões de dólares. A falta de sucesso dos smartphones da gama Xperia levaram mesmo à pressão dos acionistas para fechar o negócio dos smartphones. O que é irónico quando a Sony tem no mercado um dos sensores mais poderosos e utilizados pelos equipamentos topo de gama, o IMX586 de 58 MP.
O certo é que o CEO da Sony, Kenichiro Yoshida, revelou que a divisão de smartphones é indispensável na estratégia da fabricante nipónica. Segundo o executivo, o negócio de hardware na eletrónica de consumo centrou-se no entretenimento desde a sua génese, e não nas necessidades diárias, como um frigorifico ou máquina de lavar, refere em declarações à Reuters. “Vemos os smartphones como hardware para entretenimento e um componente necessário para manter o nosso produto sustentável”, salienta, realçando que as gerações mais jovens não assistem mais televisão e o seu primeiro ponto de contacto é um smartphone.
Atualmente, a Sony detém uma quota de mercado inferior a 1%, lançando no mercado 6,5 milhões de dispositivos anualmente, apenas vendendo no Japão e Europa. O objetivo da gigante nipónica é tornar rentável o negócio dos smartphones no próximo ano fiscal. Uma das estratégias é criar mais ligações com a divisão PlayStation, atualmente o principal catalisador de sucesso da fabricante.
A confirmação da reestruturação da empresa foi feita oficialmente a 26 de março e torna-se efetiva a 1 de abril de 2019, como explica a empresa em comunicado. A Sony Visual Products Inc. e a Sony Video & Sound Products Inc. são fundidas para formar a Sony Home Entertainment & Sound Products Inc., agrupando os dois negócios e criando sinergias.
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com a informação da confirmação oficial.
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