A Samsung quer que a sua atividade seja neutra em emissões de carbono até 2050, um compromisso que vai implicar um investimento de 7 biliões de wons, o equivalente a 5 mil milhões de euros, até 2030. Por esta altura, a companhia pretende que a unidade de Device eXperience (DX) atinja já o marco e opere sem emissões de carbono.
A divisão DX será por isso a primeira a caminhar para usar apenas fontes de energia renováveis, num plano a cinco anos, que também será aplicada a todas as operações da Samsung fora da Coreia do Sul.
No ano passado a atividade da empresa sul-coreana gerou 17,4 milhões de toneladas de gases com efeito estufa. Dados revelados pela Samsung revelam que o negócio de eletrónica de consumo (divisão DX), onde se incluem os telemóveis e os ecrãs, é neste momento apenas responsável por 10% das emissões associadas à atividade. Já a unidade de onde são produzidos os semicondutores concentra 90% das emissões geradas pela empresa.
Uma das estratégias para alcançar a meta net zero na divisão de negócio mais relevante para a marca em termos de receitas é a aposta no desenvolvimento de tecnologias que ajudem a capturar os gases nocivos para o ambiente produzidos durante a operação das fábricas de chips, armazená-los e reutilizá-los como fonte de energia.
O plano passa ainda por instalar estações de tratamento nas fábricas ou reduzir consideravelmente os subprodutos gasosos no fabrico de chips. A empresa quer também promover a reutilização de água e alargar a recolha de lixo eletrónico dos 50 países onde já a faz, para 180.
As metas ambientais ambiciosas deixaram de ser moda, para ser uma obrigação das empresas cujas atividades geram maior impacto a nível ambiental. Nos últimos anos, as principais tecnológicas têm procurado dar o exemplo fixando objetivos ambiciosos. Um exemplo disso é a Microsoft que trocou a meta de emissões zero, pelo objetivo de emissões negativas já em 2030.
Isto significa que a empresa não se compromete apenas a reduzir ao mínimo as suas emissões, cobrindo as emissões restantes com uma quantidade equivalente de emissões evitadas ou compensadas, até que o impacto ambiental da atividade seja neutro. Em vez disso, o plano passa por retirar mais carbono da atmosfera do que aquele que emite.
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