O primeiro navio de carga autónomo vai ser lançado em 2018 e espera-se que navegue sem qualquer tripulação a partir de 2020. O Yara Birkeland, como foi batizado, terá capacidade para 100 contentores, é um barco norueguês e vai utilizar GPS, radares, câmaras e outros sensores para se encaminhar pelos mares sem qualquer tipo de ajuda humana.
O preço deste cargueiro deverá ascender aos 25 milhões de dólares - o triplo do preço médio de um barco de carga deste tamanho - mas os investidores que estão por detrás deste projeto acreditam que o valor seja pago com as poupanças em pessoal e combustível. No total, acreditam, as despesas com a operação do navio podem cair 90% em comparação com um cargueiro tradicional.
"O Yara Birkeland vai operar como um navio tripulado, mudando depois para uma operação remota em 2019 e espera-se que seja capaz de funcionar de forma totalmente autónoma a partir de 2020", declarou a empresa numa publicação feita online no passado mês de maio.
A Yara International e a Kongsberg Gruppen são as duas empresas envolvidas na construção do navio e a primeira já manifestou interesse em desenvolver cargueiros autónomos ainda maiores para servir rotas mais longas, uma vez que as normas internacionais para a utilização destes veículos estejam definidas.
Em 2018, o plano é colocar o Yara Birkeland a transportar cargas de fertilizante até ao porto de Larvik, a cerca de 60 quilómetros do ponto inicial desta rota. "Talvez possamos levar o nosso fertilizante até ao Brasil", disse Petter Osbo, diretor de produção da Yara, em conversa com o The Wall Street Journal.
Uma vez que é elétrico, Ostbo assume ainda como missão a ideia de atingir o nível de emissões zero. "Mesmo que alguns digam que as alterações climáticas não são uma realidade, esta é, pelo menos, uma realidade comercial, uma vez que as fontes de energias renováveis são mais baratas que as os combustíveis fósseis".
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