A Nokia mudou de imagem pela primeira vez em quase 60 anos. O anúncio foi feito este domingo, nas vésperas de mais uma edição do Mobile World Congress Barcelona, onde a marca deverá ter uma forte presença.

Esta mudança contempla uma transformação do clássico logotipo para uma versão modernizada que sugere a necessidade de a empresa se afirmar num outro sector. O que desaparece também é o azul escuro, que fazia parte da identidade da marca.

"Estamos a atualizar a nossa estratégia e a renovar a nossa marca para podermos refletir o que somos hoje: uma empresa líder em soluções de inovação para negócios", sublinhou, em comunicado, o CEO Pekka Lundmark.

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"Na cabeça da maioria das pessoas, ainda somos uma marca de telemóveis de sucesso, mas a Nokia já não é sobre isso", acrescentou, em entrevista à Bloomberg, à qual explicou que a tecnológica está focada em "criar uma marca nova, focada na digitalização industrial e em redes, mercados bastante distintos do dos telemóveis".

É importante notar que esta aposta não determina o fim da marca Nokia, tal como a conhecemos, uma vez que a sua divisão de telemóveis não pertence à empresa Nokia desde 2014, aquando da aquisição por parte da Microsoft.

Desde então que o negócio mudou novamente de mãos, em 2016, para a HMD Global, que desde aí tem explorado o segmento sob a insígnia da Nokia. Neste caso, não é esperado que o logo mude, uma vez que isso permitiria a ambas as empresas estabelecer uma diferença entre as várias áreas de atuação. No caso dos smartphones, interessará à HMD Global capitalizar a reputação que a Nokia construiu junto dos consumidores.

A marca tem vindo a lançar várias gamas de smartphones, incluindo o regresso aos clássicos como o Nokia 3310 que em 2017 foi um dos modelos mais falados no MWC ou o "banana phone", o 8110, equipamentos icónicos da Nokia.