A Microsoft pediu aos Estados Unidos para terminarem com a proibição da empresa em fornecer software para os computadores da fabricante chinesa. A notícia é avançada pela BBC, que conversou com o presidente da gigante tecnológica Brad Smith no mesmo dia em que a Huawei apresentou os três novos modelos da linha Mate, sem integrar originalmente os serviços Google Mobile Services, mas contando com a versão Open Source do Android 10, com o EMUI 10.

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Ao site, Brad Smith disse não acreditar que a segurança dos Estados Unidos esteja comprometida ao permitir que os clientes da Huawei utilizem sistemas operativos Windows ou apps do Office. Admitindo como natural que os governos estejam a responder às suas necessidades de segurança nacional, o responsável pela gigante tecnológica acredita que esta decisão do governo americano só vem prejudicar o país, tomando assim uma posição contrária a Donald Trump.

"Seria um erro tentar uma espécie de nova cortina de ferro digital no Oceano Pacífico, porque isso iría prejudicar os Estados Unidos e todas as democracias no mundo".

Nesta linha de pensamento, a empresa fundada por Bill Gates é uma das que se candidatou ao departamento de comércio dos Estados Unidos para "que possa continuar a fornecer o sistema operativo da Microsoft à Huawei para dispositivos como computadores portáteis".

A necessidade de encontrar um “equilíbrio certo”

Apesar de admitir que possam existir "alguns problemas que requerem determinadas abordagens em relação ao 5G", o presidente da Microsoft considera que é preciso que nos questionemos se a abordagem dos Estados Unidos será a mais correta para os equipamentos que uma determinada empresa pode fabricar.

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Esta notícia surge depois de o Secretário de Estado do Comércio dos Estados Unidos já ter anunciado em julho que iriam ser emitidas licenças especiais de forma a que as empresas americanas vendam os seus produtos à fabricante chinesa. No entanto, a BBC sugere que, apesar dos mais de 130 pedidos, o governo americano ainda não concedeu nenhuma licença.

Smith reconheceu que o Departamento de Comércio precisava de "tempo para considerar" a quais empresas deverá conceder licenças, mas considera que a segurança de qualquer país não sai prejudicada pelo facto de as pessoas usarem, por exemplo, o Outlook ou o Word.

“Sim, estamos preocupados se não pudermos dar um passo atrás e os países não encontrarem o equilíbrio certo".

Já no início de setembro, Brad Smith tinha mostrado a sua posição face às sanções impostas pelos Estados Unidos à Huawei em maio, desta vez à Bloomberg, mesmo depois do alargamento do período de "suspensão" dessas mesmas sanções até 18 de novembro. Na altura, o presidente da Microsoft acusava o governo americano de não estar a ser completamente aberto em relação às causas destas sanções, pedindo provas concretas.

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