Apesar de um pensamento otimista sobre a recuperação do mercado de smartphones em 2024, os analistas apontam o presente ano como um dos piores valores de vendas da década. E o mais recente relatório da Counterpoint Research mostra o declínio da entrega nas lojas na Europa no terceiro trimestre do ano. O mercado recuou 11% neste período em comparação com o mesmo homólogo do ano passado.
Apesar da Europa Ocidental ter caído 8%, o valor indica uma ligeira recuperação face aos 14% de quebra no trimestre anterior. Mas do outro lado da balança, o mercado da Europa de Leste caiu 15%, devido aos desafios económicos e geopolíticos.
Contas feitas, os analistas da Counterpoint indicam que este terceiro trimestre de 2023 é o mais baixo, relativamente à distribuição, desde 2011. Existem alguns altos e baixos na performance das fabricantes, com o registo da subida da Honor, que foi a única no Top 5 a ver os seus números a crescer no período. Ou do outro lado a Samsung e a realme a caírem na casa dos dois dígitos. A Transsion tem vindo a fortalecer a sua presença no mercado, com as linhas TECNO e Infinix, em particular na Rússia, registando um crescimento de 192% e 518%, respetivamente.
A Counterpoint afirma que o lançamento da nova linha iPhone 15 da Apple e os dobráveis de quinta geração da Samsung ainda assim amortizaram a quebra do mercado, que poderia ser pior. Os analistas não anteveem uma recuperação do mercado antes de 2024, mas esperam uma reação no quarto trimestre, estando otimistas para um quarto trimestre mais forte.
Na análise específica às marcas, a Samsung registou uma quebra de 15%, sendo o seu pior trimestre na distribuição de equipamentos desde 2011. Ainda assim, o Galaxy Z Fold5 e o Galaxy Z Flip5 evitaram uma queda maior. Num ano que se esperava que a marca fosse ultrapassada pela Apple, mantém uma posição sólida de liderança com uma quota de mercado de 32%, menos 2% que o mesmo período do ano passado.
A Apple alcançou a sua maior quota de terceiro trimestre, com 24%, um crescimento de 2% face ao período homólogo de 2022. O lançamento do iPhone 15 impediram uma quebra acentuada, ainda assim em 3%. A Counterpoint acredita que a Apple possa liderar o mercado no quarto trimestre.
A Xiaomi mantém o terceiro lugar, com os mesmos 22% da quota registada no período homólogo de 2022. Mas durante este terceiro trimestre teve uma quebra de 13%. A marca chinesa conseguiu agarrar 35% do mercado na Europa de Leste, mas tem vindo a ser boicotada no ocidente, em mercados como a Finlândia, por se manter presente no mercado russo.
A realme caiu 30% neste terceiro trimestre, mantendo o quarto lugar com uma quota de 4%. Em contraste, a Honor foi a única marca do Top 5 a manter-se no verde com um crescimento de 8%. Detém 3% do mercado europeu.
Em outras notas, a Counterpoint destaca a Oppo, que registou uma quebra de 23% face ao ano passado. A marca tem vindo a registar limitações de vendas em alguns países, como na Alemanha e a França, devido aos conflitos de patentes contra a Nokia.
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