Na edição desta sexta-feira, o Expresso adianta que há já um conjunto de interessados na possível venda da Altice Portugal. O semanário aponta como candidatos ao controlo da operadora que nasceu dos ativos da Portugal Telecom, a Orange, incumbente francês, a MásMóvil, que nos últimos anos tem deixado clara a vontade de reforçar investimentos em Portugal (é dono da Nowo e da Oni), ou o fundo KKR. Este fundo, recorde-se, também já foi dono da Nowo (antiga Cabovisão) e da Oni, que por sua vez também já foram detidas pela Altice. As operadoras foram aliás a porta de entrada do grupo em Portugal, mas acabaram por ser vendidas, para que a Altice pudesse comprar a PT Portugal.
A lista de interessados na Altice, apurada pelo Expresso, baseia-se em informação obtida através de "fontes financeiras e do sector das telecomunicações", que também garantiram ao semanário, que todos os cenários estão ainda em aberto. Nesse leque de opções também estará a possibilidade de manter tudo como está, versão que tem sido mantida pela própria Altice.
Na semana passada a empresa lançou uma nota de imprensa onde garantia que não está à venda. O desmentido da Altice também reagia a uma notícia do Expresso, onde se indicava que a Altice Europe já teria contratado um banco de investimento internacional para estudar cenários de venda da operação portuguesa.
A operadora garantia que as informações do jornal não passam de “rumores e especulação”, que considerava normais “face ao ambiente regulatório adverso, hostil e imprevisível que vivemos hoje em Portugal há mais de dois anos”.
Na mesma nota recorda que “o grupo Altice a nível internacional manifestou grande satisfação com a operação em Portugal, a equipa de Gestão e os resultados apresentados, considerando que a empresa demonstrou resiliência durante a pandemia, que tem potencial de crescimento e que não há qualquer processo de alienação em curso relativamente aos ativos em Portugal”.
Estimativas de analistas calculam que a venda da Altice Portugal pode render ao grupo francês entre seis e sete mil milhões de euros. Os rumores sugerem que o encaixe seria usado para reduzir a dívida do grupo francês, que ronda os 30 mil milhões de euros.
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