A empresa criada pela IBM para passar a gerir todo o negócio de serviços de infraestrutura de TI do grupo completou o processo de spin-off e já transaciona na bolsa de Nova Iorque, como empresa independente.
A Kyndryl íntegra 90 mil colaboradores, em 60 países. Arranca com uma faturação anual de 19 mil milhões de dólares e herda uma carteira de 4 mil clientes, onde se incluem 75% das empresas no ranking Fortune 100, em áreas como os serviços financeiros, telecomunicações, retalho, aeronáutica e automóvel. A oferta da empresa vai distribuir-se por seis áreas: Cloud Services; Core Enterprise & zCloud; Aplicações, Data & AI; Digital Workplace; Security & Resiliency and Network & Edge.
Em Portugal, a Kyndryl é liderada por José Manuel Paraíso, que passou mais de duas décadas na IBM e que, até setembro, liderava a multinacional em Portugal. Por cá, o processo de transição também já está concluído, como confirmou a empresa ao SAPO TeK.
“A Kyndryl começa como um parceiro de confiança de empresas líderes em Portugal e uma equipa local com competências técnicas e experiência inigualáveis", sublinhou José Manuel Paraíso.
Em entrevista ao Económico, no verão, o responsável garantia que a Kyndryl vai ter um papel muito relevante na operação portuguesa, por absorver alguns dos outsourcings mais antigos da IBM na área dos serviços de infraestruturas. Também revelava que, até final do ano, ia ficar com cerca de metade da equipa atual da IBM, que rondava os dois mil colaboradores. Fonte oficial da companhia não confirma se o plano se concretizou, alegando que a Kyndryl não partilha dados regionais.
Na nota que divulga a entrada em bolsa do spin-off da IBM, Martin Schroeter, presidente e CEO da companhia, sublinha a procura crescente de serviços de transformação digital e o contributo que a nossa empresa acredita poder dar para lhe responder, com a experiência acumulada nesse domínio. O responsável também quantifica o valor deste mercado, que em 2024 deve atingir os 500 mil milhões de dólares.
A Kyndryl é agora uma empresa cotada e independente, ligada à IBM por vários acordos comerciais que acautelam a transferência de clientes entre as duas empresas, que começa também por ser detida (em parte) pela própria IBM e pelos seus acionistas.
Cada acionista da Big Blue recebeu uma ação da nova empresa, por cada cinco detidas da IBM, que nesta fase retêm também ainda 19,9% do capital. A intenção de autonomizar os serviços de infraestrutura tinha sido anunciada pela IBM em outubro de 2020. Em abril foi conhecido o nome da nova empresa.
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