De acordo com Ren Zhengfei, fundador da Huawei, ao longo dos últimos três anos, a fabricante chinesa viu-se obrigada a substituir mais de 13.000 componentes nos seus produtos devido às sanções impostas pelo Governo dos Estados Unidos.

Segundo informação avançada pela Reuters, durante este período, a Huawei terá também redesenhado 4.000 placas de circuitos para os seus equipamentos, com Ren Zhengfei a afirmar que a produção deste tipo de componentes estabilizou. O fundador Huawei deu também a conhecer que, em 2022, a fabricante investiu 23,8 mil milhões de dólares na área de investigação e desenvolvimento (I&D).

As declarações, partilhadas recentemente pela Universidade Jiao Tong de Xangai, foram proferidas pelo fundador da Huawei durante um simpósio que decorreu a 24 de fevereiro. Embora a agência noticiosa avance que não foi possível verificar independentemente as declarações, as mesmas revelam mais sobre as medidas tomadas pela fabricante chinesa para lidar com as sanções dos Estados Unidos.

Desde 2019 que a Huawei faz parte da “lista negra” do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, que a impede de fazer negócios com empresas norte-americanas ou que usem tecnologia desenvolvida no país.

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A fabricante chinesa também se encontra na “lista negra” do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que visa organizações que têm ligações ao exército chinês. A Huawei também já tinha sido declarada em 2020 como uma ameaça à segurança nacional pela Federal Communications Commission (FCC), numa decisão que visou também a ZTE.

Já em janeiro deste ano, a Administração Biden terá colocado um ponto final nas licenças atribuídas às tecnológicas norte-americanas que permitiam a exportação de determinados componentes para a Huawei.