A um ano da faturação eletrónica ser obrigatória para os contratos públicos ainda há muito desconhecimento entre as empresas portuguesas sobre as vantagens da sua adoção, ao mesmo tempo que persistem dúvidas, que vão desde o tipo de soluções existentes aos custos de implementação.
É verdade que o tema não é novo e, na realidade, já existem bastantes negócios com experiência “na matéria”. A garantia é dada por Rui Fontoura, CEO da Saphety, uma fornecedora de soluções nesta área. Do contacto que a empresa mantém com o mercado, no papel de fornecedora, mas também pelas várias sessões de esclarecimento que tem promovido, o responsável assegura que o interesse é crescente, embora admita que o desconhecimento sobre o tema persiste.
Não foi uma questão de “deixar tudo para a última hora”, como tem acontecido noutras situações, sublinha. “Diria mais que a vida das empresas tem diversas prioridades e a fatura eletrónica não tem sido uma delas. Está no entanto a ser agora”, garante.
“As empresas portuguesas passaram nos últimos anos por um conjunto de alterações, por exemplo a nível tributário e sempre responderam à altura”
As dúvidas mais comuns são sobre os custos e quais as opções disponíveis para a implementação. “Quando são informadas sobre estas questões, normalmente as preocupações reduzem-se já que existem diversas opções com os mais diversos custos de implementação”.
Explica Rui Fontoura que, em primeiro lugar, as vantagens são diretamente proporcionais ao número de faturas que se emitem ou recebem. As vantagens mais imediatas estão associadas à redução de custos de todo o processo de faturação. Existem outras como a diminuição de prazos de pagamento e o aumento da eficiência e controlo que surgem, normalmente, por acréscimo.
É no entanto com a adoção em escala que se atingem os verdadeiros benefícios para a economia de um país, garante. “Estes benefícios são tão elevados que há países, nomeadamente na América Latina, que estendem a obrigatoriedade da faturação eletrónica a todo o mercado e não especificamente no âmbito da contratação pública”.
Soluções de faturação eletrónica há muitas
O custo de uma solução de faturação eletrónica tem, normalmente, duas componentes: uma implementação inicial, cujo custo depende do grau de automatização pretendido por cada empresa, e um custo mensal associado a cada fatura recebida/enviada. O custo de uma fatura eletrónica neste tipo de soluções pode ser na ordem dos 0,2 euros, “bem inferior ao custo de um selo de correio”, refere o CEO da Saphety, como exemplo.
Existem soluções com integração/automatização, em que as faturas são enviadas diretamente a partir dos sistemas de ERP de cada empresa. Também existem soluções web que exigem algum trabalho adicional para enviar a fatura, mas por outro lado não têm custos de implementação.
A solução da Saphety associa o processo de contratação ao processo de faturação eletrónica, explica Rui Fontoura. “Na mesma plataforma as empresas podem responder a concursos públicos e também faturar eletronicamente à Administração Pública”.
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