
As tarifas impostas pelo executivo de Donald Trump afetaram as empresas de tecnologia. A Apple reagiu imediatamente, tomando decisões de mudança dos países onde constrói o iPhone, mesmo antes de saber que tinha havido tréguas nas taxas aplicadas aos produtos tecnológicos, como computadores e smartphones.
Uma das ações da Apple foi aumentar o stock dos smartphones nos Estados Unidos, fazendo uma enorme movimentação de inventário. Em março foi transportado da Índia um stock de iPhones avaliado em 2 mil milhões de dólares, fabricados na Foxconn e Tata.
A empresa da maçã começou também a desviar o fabrico do iPhone no Brasil, que recebeu apenas um aumento de 10% das taxas. Considerando o aumento de 40% das taxas à China (atualmente em pausa), a Apple também decidiu aumentar a produção dos equipamentos na Índia, que teve uma taxa de 26% e deixar de estar dependente de Pequim.
O presidente dos Estados Unidos manifestou-se esta semana pela decisão da Apple aumentar o fabrico do iPhone na Índia. Segundo o Fox Business, Trump disse que tinha tido “um pequeno problema” com Tim Cook, o CEO da Apple por usar as fábricas da Índia para produzir os iPhones para vender nos Estados Unidos.
No seu jeito próprio de citar as conversas que tem, Trump disse “Tim, és meu amigo, nós tratamos-te muito bem. Conseguiste 500 mil milhões de dólares, mas agora oiço dizer que estás a construir por toda a Índia. Não quero que construas na Índia. Podes construir na Índia se queres tomar conta do país, porque é uma das nações do mundo com as maiores tarifas”.
Acrescenta que apoio todas as fábricas que montou na China durante anos, mas agora é o momento de construir nos Estados Unidos. “Não estamos interessados que construas na Índia, eles conseguem tomar conta deles, estão muito bem. Queremos que construas aqui”.
A posição de Trump segue a apresentação das contas da Apple para o segundo trimestre, onde Tim Cook terá informado os analistas e investidores que a empresa iria antecipar a maioria dos smartphones vendidos nos Estados Unidos tendo a Índia como país de origem para o terceiro trimestre. E o Vietnam terá sido o país escolhido para fabricar a maioria dos iPad, Mac, Apple Watch e Airpods que são vendidos nos Estados Unidos.
Quanto à China, as suas fábricas no país continuarão a produzir os equipamentos vendidos fora dos Estados Unidos. Os 500 mil milhões de dólares que Trump refere foram fundos que a Apple prometeu em fevereiro para investir nos Estados Unidos durante quatro anos, cobrindo várias áreas, da investigação à formação, passando pela inteligência artificial e capacidade de produção de chips.
O investimento inclui a contratação de 20 mil novos colaboradores neste período. Está prevista a construção de uma fábrica de servidores em Houston, que deverá ser inaugurada já no próximo ano, e que vai ter um papel central no suporte à Apple Intelligence e às atividades da empresa na área da computação em cloud.
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