O projeto estará a ser desenvolvido há já algum tempo, através de um consórcio que junta cerca de 70 empresas japonesas, a trabalharem em conjunto para a criação de uma moeda digital baseada no yen.
O consórcio revelou esta semana que o projeto está pronto para entrar numa nova fase. O objetivo é lançar a moeda, que para já tem a designação de DCJPY, durante o próximo ano, com os testes a começarem nos próximos meses.
A informação divulgada pela Reuters adianta ainda que uma das particularidades do consórcio está no facto de reunir também três dos maiores bancos do país, Mitsubishi UFJ, Mizuho e Sumitomo Mitsui, que participaram na conferência de imprensa de apresentação do projeto e adiantaram que, ao longo do último ano, têm trabalhado para criar uma infraestrutura partilhada para pagamentos digitais.
O projeto será paralelo a outro que o Banco Central do Japão tem em marcha. O país tem estudado a possibilidade de lançar a sua própria moeda virtual, emitida pelo banco central. Em abril do próximo ano vai realizar um teste nesta área, que pretende validar questões como a fixação de limites para o montante que cada entidade pode deter.
Em declarações sobre o tema, o diretor executivo do Banco do Japão disse também nos últimos dias que, a existir, uma moeda digital do banco central deve ter um design simples e que permita ao sector privado, a partir daí, desenvolver serviços e potenciar a sua utilização.
Até agora, o trabalho do Banco Central do Japão nesta área tem passado por debater com o sector privado as orientações que devem presidir ao desenvolvimento de uma moeda digital oficial do país, onde a grande maioria das transações financeiras continuam a ser feitas em dinheiro. Quase 40% da população japonesa ainda prefere dinheiro físico aos pagamentos eletrónicos, refere um estudo já deste ano da NaviNavi-Hoken.
O lançamento de uma moeda digital oficial do Japão, no entanto, não tem data e pode até nem vir a acontecer, como têm frisado as autoridades. Fica por clarificar se os dois projetos podem aproximar-se, já que as autoridades têm mostrado que uma das maiores preocupações é terem o apoio da indústria neste tema.
Vários países estão a estudar o lançamento de moedas digitais controladas pelos seus bancos centrais, como o Reino Unido ou a China, que é uma das geografias mais adiantados no processo e que simultaneamente ilegalizou todas as transações com moedas digitais "privadas" no país. Há ainda o caso de El Salvador, o primeiro país do mundo a oficializar a Bitcoin como moeda oficial.
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