Foi com o edifício Penn1, em Nova Iorque, que a Cisco estreou a Smart Workspaces, uma solução destinada a tornar a gestão de espaços mais eficiente, reduzindo os custos operacionais e facilitando um ambiente de trabalho híbrido que grande parte das empresas adotou depois da pandemia. Vendedora da tecnologia da gigante norte-americana em Portugal, a Warpcom levou o seu papel um bocadinho mais longe e decidiu aplicar o conceito às suas próprias instalações, num projeto piloto.
A partir da sua sede no Alfapark, em Lisboa, a Warpcom conseguiu o melhor (neste caso) de três mundos com a Cisco Smart Workspaces: maior eficiência energética, melhor ambiente de trabalho para os colaboradores e um “show room” para mostrar aos clientes como tudo funciona.
Logo à entrada do respetivo andar ocupado no edifício há um dashboard que os colaboradores podem usar para ver, por exemplo, as salas de reuniões disponíveis, assim como perceber e controlar a temperatura do espaço. O mesmo pode ser feito, a partir de casa, na aplicação no smartphone ou tablet, a que os utilizadores têm acesso.
Os sensores instalados e outras vezes embutidos nos equipamentos presentes nas salas, capazes de medir desde a presença à qualidade do ar ou mesmo controlar a luminosidade consoante a altura do dia, fazendo mexer persianas, são os “protagonistas” da solução.
Clique nas imagens para ver os detalhes da solução
As salas também adaptam os equipamentos que integram às pessoas que a estão a utilizar, permitindo fazer uma customização completa incluindo mensagens, redes sociais, vídeo, ou outros conteúdos.
“O objetivo de aplicar a internet das coisas ao smart building é usar todos estes sensores para que a gestão destes edifícios seja muito mais fácil e ágil e que traga um conjunto de benefícios ao melhorar a experiência de utilização e também a forma como se trabalha dentro da organização”, destacou Pedro Morão, CEO da Warpcom, ao SAPO TEK, que visitou o espaço.
As mais valias diretas de uma solução do género obtém-se tanto para o utilizador, como para a organização que a implementa, acrescentou Bruno Galhoufa, Business Technology Consultant, apontando como exemplo as poupanças com a eficiência energética obtida, além da contribuição para as metas de carbono zero da empresa - e os benefícios ambientais no geral.
“Com a informação reunida com base nos dados registados, é possível perceber que podemos desligar totalmente as luzes porque já não está ninguém no edifício ou saber que às quartas-feiras temos mais gente no escritório”, referiu Bruno Galhoufa. “Uma das grandes vantagens deste tipo de soluções é conhecermos, efetivamente, aquilo que está a ser usado dentro das nossas instalações”.
Seja no que diz respeito às áreas mais usadas dentro do escritório, à identificação de zonas com mais luz natural ou à melhor gestão do estacionamento, “os dados transformados em informação permitem traçar padrões que ajudam as empresas a tomarem melhores decisões”, sublinhou o Business Technology Consultant da Warpcom.
Além das claras vantagens do usufruto próprio, o projeto piloto também serve de “show room” para a Warpcom mostrar aos futuros clientes como funciona a solução, numa espécie de “ver para crer”.
“Tentamos ter ‘dentro de casa’ as soluções em que acreditamos. Utilizamos para benefício próprio, aprendemos com isso e depois temos a vantagem de poder trazer o cliente e mostrarmos como é que as estamos a utilizar”, disse Carlos Lima, Consulting Services Solutions Architect - Digital Experience, na Warpcom.
Idealmente, a tecnologia deve entrar na fase de construção, para que os sensores necessários sejam integrados logo na parte da infraestrutura do edifício e arquitecturalmente possa ficar mais harmonioso, referiu o responsável. Mas também é possível integrar este tipo de solução em ambientes já definidos “e fazermos aquilo que fizemos no nosso escritório”.
Perspetivas de negócio e apostas para o futuro
Sem revelar valores específicos, a Warpcom diz que tem continuado a crescer de forma significativa, "a dois dígitos", partilhou Pedro Morão, sobre o ano fiscal terminado a 30 de setembro. “Significa que os clientes continuam a confiar no nosso trabalho. Temos uma equipa muito dedicada e que o esforço está à vista”, referiu.
As perspetivas em relação ao futuro “são boas”. Dentro das quatro grandes unidades de negócio em que a integradora tecnológica trabalha a que tem maior peso no negócio é a das infraestruturas, mas a que mais cresce é a da cibersegurança, “muito porque é uma área que hoje se aplica a tudo”, logo a começar pelas infraestruturas, mas também na digital experience e também no data center e na cloud.
O objetivo é continuar a crescer de forma sustentada, com uma aposta clara “na capacidade de entrega ao nível dos serviços”, assim como reforçar a área da inovação.
A inteligência artificial também é algo que vai tocar todas as áreas de atividade, um pouco à semelhança do que acontece com a cibersegurança. “A inteligência artificial é algo que já está a marcar o nosso dia a dia”, sublinhou o CEO da Warpcom, avançando que a empresa está a usar ferramentas de IA nos contact centres, na área do SOC (centro de operações de segurança) e nos serviços de suporte. A própria solução do projeto piloto já tem IA integrada, acrescentou.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários