Os últimos dias têm sido de escalada na valorização da mais popular das moedas digitais. Esta quinta-feira o Bitcoin alcançou os 23 mil dólares, assegurando uma valorização de 200% desde o início do ano, pelas contas da Coin Metrics.
Esta quarta-feira um Bitcoin valia já 20 mil dólares, um patamar onde a moeda já tinha estado em 2017, mas que nada tem a ver com o trajeto atual, garantem os especialistas.
Em 2017, a valorização acelerada do Bitcoin foi essencialmente especulativa e dinamizada por investidores de retalho.
Em altura de pandemia, a moeda digital passou a ser cada vez mais vista como investimento seguro, a par do ouro e de outros ativos associados a investimentos de longo prazo, e tem-se afirmado como opção para muitos investidores institucionais, passando a integrar outro tipo de carteiras de investimento.
Como relata a CNCB, esta semana a gestora de fundos britânica Ruffer anunciou que 2,5% do seu portefólio de ativos - que vale qualquer coisa como 27,6 mil milhões de dólares - são investimentos em bitcoins, considerando que isso é uma reação dos investidores à contínua desvalorização das maiores moedas mundiais.
“Hoje temos muitos milionários a elogiar o bitcoin e fundos de investimento que asseguram posições significativas no valor de centenas de milhões. Os grandes jogadores que em tempos estiveram muito distantes do bitcoin e foram grandes críticos estão agora a juntar-se à corrida", admitiu ao canal norte-americano Eric Demuth, CEO da aplicação Bitpanda, que permite negociar moedas digitais.
A tendência, ainda assim, continua a levantar controvérsia e muitos continuam a considerar o investimento em bitcoins especulativo e sem valor intrínseco, como o multimilionário Warren Buffet, que já comparou o investimento em moedas digitais às apostas.
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