A Alemanha vai acolher a maior giga fábrica da Tesla em todo o mundo, um projeto que vai reforçar significativamente a capacidade de produção de automóveis elétricos da fabricante norte-americana e colocar a Europa na rota destas mega fábricas.
O projeto é aguardado com expectativa, mas está difícil de arrancar. O início da operação da fábrica esteve previsto para julho do ano passado. Foi adiado e a equipa local conta agora com mais seis meses de tolerância do CEO da empresa, Elon Musk, para arrancar finalmente com a produção, garante a publicação alemã Automobilwoche, que cita fontes próximas ao processo.
A Tesla não quis entretanto comentar a notícia, mas no mês passado a empresa já tinha admitido que a fábrica nas imediações de Berlim só começaria a produzir em finais de 2021.
A explicar os atrasos está o facto de o grupo ter decidido juntar ao projeto uma fábrica de baterias, mas sobretudo a burocracia dos processos legais associados à instalação industrial. A lentidão já foi aliás criticada pela empresa, considerando que os timings de decisão na Europa para este tipo de investimentos, não são compatíveis com a urgência dos projetos que respondem aos urgentes desafios das alterações climáticas.
Pelo caminho, o grupo enfrentou também problemas com uma espécie protegida de lagartos. Uma decisão judicial obrigou a Tesla a reduzir o número de árvores autorizadas para corte no local da fábrica, porque a operação seria realizada no inverno, altura em que uma espécie local de lagartos já estaria a hibernar nessas árvores.
A giga fábrica de Brandenburg será, de acordo com a Tesla, a “mais avançada fábrica de produção de veículos elétricos de grande volume do mundo”. Vai começar por produzir o Model Y e vai “estabelecer o design e a engenharia originais dos veículos para mercados globais fora da Alemanha”, refere ainda a empresa no site.
Entre críticas e desconfianças, Neuralink muda liderança
Entretanto, noutro investimento de Elon Musk, foi anunciada uma mudança importante, estando ainda por perceber o que pode significar no rumo do projeto. O presidente da Neuralink, Max Hodak, revelou no Twitter que deixou a presidência da empresa. A mensagem não apresenta grandes justificações para a saída.
Hodak está na liderança da Neuralink desde o início e era um dos co-fundadores da empresa, que tem vindo a ser alvo de algumas críticas e rumores de funcionamento caótico nos últimos meses.
As críticas à Neuralink dirigem-se sobretudo às reais intenções da empresa. A missão aponta num sentido, os projetos que vai revelando parecem seguir noutro diferente.
A empresa trabalha na área dos interfaces cérebro-computador. Foi recentemente notícia com um vídeo que mostrava um macaco a jogar computador (no vídeo) e já tinha mostrado um porco com um implante da Neuralink, o que lhe valeu o título de teatro da neurociência, segundo a MIT Technology Review, que na altura considerou os dados apresentados pela empresa altamente especulativos, do ponto de vista científico.
Elon Musk tem defendido que a tecnologia da Neuralink pode vir a ser usada para ajudar paraplégicos a voltarem a andar, ou para ajudar humanos a tirar maior partido da inteligência artificial.
Há meses, o site Stat News, citava antigos empregados da Neuralink para descrever um ambiente de trabalho caótico e pouco tempo dado aos cientistas para realizar os projetos em curso. A saída do homem que comandava o barco deve trazer mudanças. Resta saber em que sentido.
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