Hoje a Altice Labs está a assinalar os seis anos de existência, marcando o reposicionamento do centro de inovação do Grupo Altice em 2016, mas que herda uma história que já conta com mais de setenta anos como PT Inovação, com início em 1950. Há seis ano a Altice transformava a PT Inovação na Altice Labs e afirmava a sua intenção de fazer do centro de inovação em Aveiro o polo de desenvolvimento da inovação em todo o grupo, estendendo o modelo a outras operações internacionais e usando a capacidade de engenharia e criatividade portuguesas no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Hoje a Altice Labs assinala o sexto aniversário e Alcino Lavrador, diretor do centro de desenvolvimento, destaca o sucesso dos projetos a nível internacional, que representam já 73% das receitas.
Este ano no evento que assinala o aniversário, é a área da Saúde que está em destaque na Altice Labs, com a apresentação de vários projetos inovadores em que o desenvolvimento da tecnologia foi fundamental, do 5G a tecnologias de realidade aumentada e sensorização para apoio remoto.
Durante a intervenção no evento, Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal, realçou a história do laboratório de inovação, dizendo que "enche-nos de orgulho sermos uma bandeira da inovação em Portugal" e sublinhando a importância da inovação que é feita em Aveiro para todo o mundo.
"Nada disto é possível sem um ecossistema de parceiros [...] se quisermos ser líderes temos de ter os melhores connosco", acrescenta, lembrando que por isso desenvolve parcerias com instituições académicas em Portugal e no estrangeiro, e criou polos da Altice Labs em várias partes do país, afirma Ana Figueiredo
"Hoje, sabendo o que é feito nestas paredes, tenho a oportunidade de espalhar pelo mundo a importância que tem a tecnologia made in Portugal", afirmou também Alexandre Fonseca, que é agora co-CEO do Grupo Altice, e que lembra que são 70 anos de história de uma "casa que respira ciência, tecnologia e inovação" e que foi escolhida como centro nevrálgico de inovação. "Enquanto português a liderar um grupo internacional sinto-me extremamente orgulhoso do que se faz aqui e da engenharia feita em Portugal", afirma, dizendo que a nível internacional se olha para a Altice Labs como uma referência.
"Hoje a Altice Labs é uma nova Caravela, uma caravela digital [...] este é um trabalho único desenvolvido em Portugal mas é um trabalho de futuro não só para o Grupo Altice mas também para Portugal", defendeu Alexandre Fonseca, que quer estar na pole position na revolução mais importante dos últimos séculos, a revolução digital.
O co-CEO do Grupo Altice defende porém que este futuro tem de ser construido, continuando a trabalhar para aumentar a competitivdade, um ambiente estável e que dê previsibilidade. "Para isso são precisas reforças fiscais, laborais e da justiça", sublinha.
Na sua intervenção, Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, destacou também a importância que as empresas têm no desenvolvimento de I&D e na parceria que a Altice Labs tem estabelecido com o sistema científico nacional.
A Altice Labs conta com mais de 700 profissionais em Portugal e está focada na investigação e desenvolvimento, promovendo a inovação, e a produção de conhecimento que são transformados em soluções e produtos tecnológicos e inovadores, que a Altice exporta para as várias empresas do grupo em todo o mundo e para clientes externos.
A nível internacional a expansão dos serviços da Altice Labs faz-se também pela comercialização de produtos ligados à fibra ótica, mas agregada a esta tecnologia vão também outros produtos de software, como ferramentas de medição da qualidade de serviço, entre outras. A lista de países que usam a tecnologia desenvolvida em Aveiro é longa e vai além das localizações das empresas do grupo Altice.
Na exposição que foi montada em Aveiro, no campus da Altice Labs, há vários projetos em demonstração, sobretudo ligados à área da Saúde, que é um dos destaques este ano. A tecnologia de 5G, sensores, os robots e a telemedicina são algumas das apostas da Altice Portugal, desenvolvidas na Altice Labs com parceiros da área da sáude, academia e empresas.
Veja as imagens dos projetos em exposição
Inovar para além das fronteiras de Portugal e das operações da Altice
Ousar é a palavra chave que Alcino Lavrador diz que anda hoje caracteriza a Altice Labs, que iniciou um percurso de inovação em 1950, a pensar na melhoria das condições para as pessoas.
"Estes seis anos são seis anos de crescimento que contam com o apoio da administração da Altice", afirmou o diretor da Altice Labs, que reconhece o apoio do anterior CEO da Altice, Alexandre Fonseca, e confessando esperar a mesma confiança da CEO Ana Figueiredo, que assumiu funções em abril deste ano.
Alcino Lavrador detalha números que mostram a evolução dos resultados do centro de desenvolvimento. "No último ano o crescimento foi 32% mas desde 2016, quando a Altice Labs foi criada, o crescimento médio da organização é de 25%", destaca Alcino Lavrador que o crescimento tem sido fora de Portugal, representando o pais apenas 27% do total de receitas.
Apesar dos impactos da pandemia, sobretudo em cadeias de abastecimento e fornecimento, a Altice Labs não tem grande impacto financeiro, mas isso não significa que não tivesse de repensar as operações. "Perdemos muito tempo a não fazer coisas inteiramente novas, se não fosse o facto dos chips ficarem obsoletos de um dia para o outro, tempos de entrega superiores a um ano e remessas que não são entregues a tempo", justifica, explicando que é preciso prever com mais antecipação as necessidades do mercado para estar preparado.
Também em patentes a Altice Labs tem crescido, tendo sido reconhecida no ano passado pelo Innovation Radar da Comissão Europeia, sendo o mais recente projeto um na área do 6G. Alcino Lavrador destacou ainda o projeto de dual Gpon que permite duplicar a fibra que sai dum único módulo, um projeto com a TIM onde ganhou um concurso internacional, e a conquista de um cliente no México com uma solução de IP com IPBX virtuais.
Atualmente a Altice Labs está a participar em 9 projetos europeus e 11 programas portugueses, mas também em iniciativas de I&D em parceria.
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