A notícia de que não havia um "caminho claro" para a aprovação da compra da Figma foi confirmada pela Adobe que decidiu desistir da aquisição de 20 mil milhões da empresa que desenvolve uma plataforma para designers.
O negócio tinha sido anunciado em setembro de 2022 mas os receios de reguladores sobre a fusão, e a crescente preocupação da União Europeia de travar o domínio das Big Tech sobre startups fez com que a compra acabasse por não avançar. Em agosto deste ano a Comissão Europeia tinha aberto uma investigação aprofundada sobre a intenção de compra.
Já este mês a autoridade reguladora do mercado no Reino Unido tinha imposto alguns remédios para aprovar a compra, entre os quais um significativo desinvestimento em ativos, código fonte e engenharias para "restaurar condições de concorrência", uma recomendação que foi rejeitada pela Adobe.
Nas respostas aos reguladores a Adobe garantiu que as duas empresas não são concorrentes e que apenas existia sobreposição na ferramenta de design Adobe XD.
Shantanu Narayen, CEO da Adobe, afirmou que as empresas "discordam fortemente das decisões regulatórias" e disse que mesmo assim foi decidido que era do melhor interesse de ambas prosseguir de forma independente.
Pelo meio das negociações a Figma cresceu de 800 para 1.300 pessoas e deve registar receitas acima de 600 milhões de dólares este ano, mais 40% do que em 2022, segundo indica a Reuters. Apesar da incerteza dos últimos meses, Dylan Field, co fundador e CEO da Figma, diz estar muito orgulhoso com o que a empresa conquistou neste período, acelerando o ritmo de novos produtos e software com funcionalidades de IA nativas, e o Dev Mode, assim como a abertura de novos hubs no Reino Unido e Ásia.
Agora a Adobe vai ter de pagar mil milhões de dólares à startup que nasceu em São Francisco e que tem como clientes empresas como a Uber, Coinbase e Zoom, entre outras.
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