Quando utilizaram a Internet para fins pessoais um em cada três cidadãos europeus com idades entre os 16 e 74 anos garantem ter registado algum tipo de problema de segurança durante 2019. A percentagem em Portugal é inferior, 21%, um valor mais favorável do que mais de metade dos 27 Estados-membros, de acordo com a informação do Eurostat.

Em termos concretos, 32% dos cidadãos europeus garantem que em 2019 foram confrontados com problemas de segurança quando utilizaram a Internet para fins pessoais. A realidade nacional é um pouco diferente, que contrasta com o país em que mais pessoas reportam estes problemas: a Dinamarca.

Percentagem de cidadãos europeus que relataram problemas de segurança na Internet em 2019
Fonte: Eurostat

De acordo com os dados divulgados esta terça-feira no âmbito do Dia Internacional da Internet Mais Segura, durante este período o problema mais reportado foi o phishing, com cerca de 25% dos europeus a garantirem terem recebido mensagens fraudulentas. Em segundo lugar, surge o redireccionamento para sites falsos que solicitam informação pessoal (pharming), reportado por cerca de 12% dos inquiridos.

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Tal como a Comissão Europeia constata, a percentagem de pessoas a reportarem problemas de segurança com a utilização da Internet para fins privados varia entre os Estados-membros. As percentagens mais elevadas são registadas na Dinamarca (50%), seguida da França (46%) e da Suécia (45%). No extremo oposto estão a Lituânia (7%), Polónia (9%) e Letónia (10%).

No gráfico, o Reino Unido já surge de forma "separada" em relação aos 27 Estados-membros, mas a percentagem é igual à da Dinarmaca, 50%. Ainda assim, na Noruega e na Suíça, ambos do Espaço Schengen, a realidade é mais preocupante, com as percentagens a chegarem aos 66% e 54%, respetivamente.

Os dados são divulgados no mesmo dia em que o EU Kids Online partilhou os resultados de um relatório que recorreu a entrevistas a cerca de 25.000 crianças e jovens de 19 países europeus entre 2017 e 2019. De acordo com a informação da Rede de Investigação, Portugal é um dos países onde mais crianças e jovens revelam confiança ao lidar com riscos na Internet.