A Meta abriu os seus modelos de linguagem de inteligência artificial generativa Llama a agências governamentais americanas e empresas privadas que trabalham com os Estados Unidos na área da segurança nacional. A medida, como explica uma longa nota publicada pela companhia, pretende contribuir para reforçar o posicionamento dos Estados Unidos na IA e promover a utilização responsável de modelos de fonte aberta.
“Este tipo de utilização responsável e ética de modelos de IA de código aberto, como a Llama, não só apoiará a prosperidade e a segurança dos Estados Unidos, como também ajudará a estabelecer padrões de código aberto dos EUA na corrida global pela liderança da IA”, destaca Nick Clegg, presidente da Meta para a área de Global Affairs, que assina a nota publicada pela tecnológica.
“Como empresa americana, e que deve o seu sucesso em grande parte ao espírito empresarial e aos valores democráticos que os Estados Unidos defendem, a Meta quer desempenhar o seu papel para apoiar a segurança e a prosperidade económica da América”, acrescenta a mesma nota, que estende a intenção de colaboração “os seus aliados mais próximos” do país.
Entre as empresas privadas fornecedoras do Estado norte-americano abrangidas pela medida estão nomes como a Amazon, a Microsoft ou a Oracle, mas também empresas do ramo da defesa, como a Palantir ou a Lockheed Martin. Explica-se que no caso da Oracle, por exemplo, o recurso ao Llama está a ser feito para sintetizar informação em documentos sobre a manutenção de aeronaves de forma a agilizar o diagnóstico de problemas pelos técnicos que realizam essas tarefas e permitir reparações mais rápidas. Já a Microsoft e a Amazon estarão a usar os LLMs da Meta alojando-os “nas suas soluções seguras de nuvem para dados sensíveis”.
A Meta defende que num mundo em que a segurança nacional está indissociavelmente ligada à produção económica, à inovação e ao crescimento do emprego, “a adoção generalizada de modelos americanos de IA de fonte aberta serve tanto os interesses económicos como os de segurança”. Recorda que “outras nações - incluindo a China e outros concorrentes dos Estados Unidos - também compreendem este facto e estão a correr para desenvolver os seus próprios modelos de fonte aberta, investindo fortemente para se adiantarem aos EUA”.
Se restasse alguma dúvida sobre o teor político da decisão, há ainda no texto um posicionamento claro sobre a importância de uma decisão deste tipo por quem desenvolve tecnologia crucial para o futuro da inovação global. “Acreditamos que é do interesse da América e do mundo democrático em geral que os modelos americanos de fonte aberta se destaquem e tenham sucesso em relação aos modelos da China e de outros países”.
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