Na Europa e nos Estados Unidos da América, as autoridades reguladoras para o sector das apostas estão a virar-se para os estúdios de videojogos. O problema está nas "loot boxes", que algumas jurisdições dizem violar as leis dos jogos de sorte. Sob esta temática, 15 agências europeias (onde se inclui Portugal) e a Washington State Gambling Comission acordaram trabalhar em conjunto para "endereçar os riscos criados pela indefinição das linhas que separam o gaming das apostas".
De acordo com a comissão britânica, que integra este grupo, "a prioridade é tratar do problema que são as entidades terceiras que oferecem jogos de azar relacionados com videojogos populares". De acordo com as agências envolvidas nesta investigação, vários nomes e marcas da indústria dos jogos de vídeo foram já contactados para unirem esforços a esta iniciativa.
Atualmente, existem várias plataformas alheias às empresas que desenvolvem os videojogos que criam jogos de azar em torno desses mesmos videojogos. O problema destes websites e aplicações é que o produto que oferecem não garante um prémio igual ao valor que é pago pelo utilizador, uma vez que o resultado é normalmente baseado numa lógica de hipóteses.
Um dos casos mais populares acontece no universo de Counter-Strike: Global Offensive, em que os jogadores utilizam websites deste género para ganhar aditivos estéticos para as suas armas através de uma roleta onde cada entrada é paga em dinheiro real. A prática vai contra algumas leis locais que regulamentam os jogos de azar.
"Unimos esforços para chamar à atenção das empresas do sector dos videojogos para que estas enderecem a preocupação pública que existe em torno dos riscos que as apostas e alguns videojogos podem representar para as crianças", afirmou Neil McArthur, diretor executivo da autoridade norte-americana, em comunicado.
Para a agência britânica, as loot boxes não são consideradas jogos de azar ao abrigo da legislação local, se os prémios que podem sair nestes sorteios não poderem ser trocados por dinheiro real. No entanto, casos como este são comuns em várias plataformas. De acordo com o Engadget, há portais alheios à EA onde os jogadores de FIFA 18 podem pagar 156 dólares para juntar Cristiano Ronaldo ao seu plantel no Ultimate Team.
As reguladoras ainda não tomaram medidas formais contra nenhum estúdio ou empresa, mas recorde-se que recentemente, a Holanda baniu as loot boxes em alguns videojogos, e a Bélgica declarou-as ilegais. A Electronic Arts está neste momento sob investigação, depois de ter ignorado o executivo belga.
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