Em mais uma medida para combater os discursos de ódio na sua rede social, o Instagram acaba de anunciar uma funcionalidade que vai permitir filtrar, antes de abrir, pedidos de mensagens diretas com palavras ofensivas ou emojis. 

A novidade chega a vários países nos próximos dias, a empresa ainda não revelou quais, mas já disse que nos meses seguintes continuará a expandi-la a mais geografias. O Instagram explica também que tem trabalhado com ONGs ligadas à discriminação e abusos, para identificar palavras e expressões a bloquear pelo novo filtro, mas o próprio utilizador terá igualmente a possibilidade de adicionar palavras e expressões, que não queira ter de ouvir nestas mensagens diretas. 

O novo filtro pode ser ativado ou desativado a partir de uma secção também ela nova nas definições de privacidade do serviço, que se chama palavras escondidas. Uma vez ativado o filtro, as mensagens consideradas ofensivas seguem para uma pasta própria e podem ser geridas a partir de três opções: ler, apagar ou reportar. Também será possível pesquisar mensagens na pasta, sem ter de as abrir.

As celebridades e figuras públicas, que recebem muitas mensagens de desconhecidos, estão entre os principais destinatários da nova funcionalidade, mas o filtro poderá ser usado por qualquer utilizador. Aplica-se para já aos pedidos de mensagens diretas, que normalmente são feitos por quem ainda não tem ligações ao perfil. 

Nos últimos anos, o Instagram tem implementado diversas medidas para ajudar a combater os discursos de ódio nas redes sociais. Ainda em 2018, a empresa atualizou os filtros de comentários, para passarem a bloquear automaticamente observações relacionadas com a aparência. Mais recentemente, em fevereiro, anunciou que iria desativar as contas de utilizadores que enviam muitas mensagens ofensivas. 

Agora revelou que está ainda a trabalhar numa ferramenta - a lançar nas próximas semanas - que permite a quem bloqueia uma conta, bloquear também a possibilidade de vir a ter ligações a futuras contas criadas pela mesma pessoa. 

Numa nota no blog, a empresa diz que compreende o “impacto que os conteúdos abusivos - sejam eles racistas, sexistas, homofóbicos ou de qualquer outro tipo - podem ter nas pessoas”, mas também refere que combatê-los é “um desafio complexo” que não pode ser endereçado com um único passo. Promete continuar a dar vários para lá chegar.