Ontem, 11 de fevereiro, assinalou-se o Dia da Internet mais Segura. Para comemorar a data, a Kaspersky decidiu fazer uma "viagem pelo tempo" pelos momentos mais sombrios na história da segurança da informação online nos últimos 10 anos.

Clique na galeria para recordar os 10 maiores ciberataques e fugas de informação da década

Ao longo da década, foram vários os ciberataques e fugas de informação que chegaram às manchetes de jornais em todo o mundo. Um dos primeiros casos que marcou a década foi o do WikiLeaks, o website criado pelo jornalista e ativista australiano Julian Assange. Em novembro de 2010, a plataforma revelou 250 mil documentos confidenciais trocados entre mais de 250 embaixadas dos Estados Unidos e o Departamento de Estado norte-americano em Washington.

As perguntas (e respostas) mais importantes sobre o caso Cambridge Analytica/Facebook
As perguntas (e respostas) mais importantes sobre o caso Cambridge Analytica/Facebook
Ver artigo

O caso da Cambridge Analytica também fez correr muita tinta já no final da década. A consultora acabou por não sobreviver ao escândalo que envolveu a utilização e manipulação de dados de milhões de utilizadores do Facebook. A empresa foi acusada do acesso indevido a 87 milhões de perfis do Facebook e da sua utilização para influenciar os resultados da campanha de Donald Trump às eleições presidenciais norte-americnas e do referendo sobre o Brexit.

Em destaque na lista da Kaspersky estão casos como o da Uber, que foi alvo de um ataque com ransomware em outubro de 2016, mas optou por encobrir o sucedido e por pagar o resgate exigido pelos hackers, ou o do ataque à PlayStation Network (PSN) da Sony. Ao todo, cerca de 77 milhões de utilizadores da PSN foram alvo de um ataque que comprometeu os seus dados pessoais. Entre as informações roubadas estavam nomes, endereços de correio eletrónico, credenciais de acesso e até dados bancários dos jogadores.

Será Portugal um “alvo” para os hackers?

De acordo com os investigadores da Kaspersky, Portugal está longe de se tornar um dos “alvos” mais cobiçados no mundo do cibercrime. No entanto, isso não quer dizer que o país não tenha sido vítima de ataques informáticos ou fugas de informação ao longo da década.

No último ano, por exemplo, Portugal foi o terceiro país mais afetado pela campanha de malware RevengeHotels. Através de software malicioso, os hackers conseguiam aceder remotamente a dados de cartões de crédito armazenados em sistemas de reserva de hotéis e de agências de viagens online através de ficheiros maliciosos anexados em emails.

"Europa tem de garantir mais proteção às pessoas corajosas que denunciam situações ilegais"
"Europa tem de garantir mais proteção às pessoas corajosas que denunciam situações ilegais"
Ver artigo

Já no que toca ao universo das fugas de informação, Portugal tem também um hacker conhecido internacionalmente. Em Rui Pinto 2019, Rui Pinto foi detido por assumir publicamente ser colaborador do Football Leaks, tendo divulgado informações a partir de Budapeste, na Hungria, sob o pseudónimo “John”. Mais recentemente, foi descoberto que Rui Pinto é o denunciante do caso Luanda Leaks, sendo responsável pela divulgação dos mais de 715 mil documentos que expunham a fortuna de Isabel dos Santos.