A “loucura” dos NTFs parece ter vindo para ficar: da arte ao desporto, sem esquecer memes e vídeos virais. O fenómeno também tem ganho expressão em Portugal e o comediante César Mourão não ficou indiferente à moda.
O comediante estreia-se no mundo da blockchain com a sua primeira obra colecionável, que toma o nome “NFT do César Mourão”. A peça propõe duas abordagens artísticas que usam como referência o bem conhecido emoji da máscara.
“O actual contexto de pandemia provocado pelo aparecimento da COVID-19 é tudo menos agradável, mas permitiu pelo menos que algumas dinâmicas diferentes se afirmassem, e que o nosso olhar se focasse em fenómenos até aqui tidos como marginais”, explica César Mourão, citado em comunicado. “Para além do exemplo do teletrabalho, antes uma excentricidade, e hoje em dia uma banalidade, graças a ferramentas como o Skype, Zoom, ou Teams, outras realidades emergiram, assumindo uma maior visibilidade no espaço público”.
“A ideia aqui é precisamente cruzar dois conceitos, o da capacidade de inovação e de reinvenção criativa, com o espaço das tecnologias emergentes, e fazer o primeiro conteúdo de comédia para NFT em Portugal, algo inédito. Sendo eu um artista atento a várias sensibilidades, vi aqui uma oportunidade. A ideia passou por gerar uma peça única e autêntica de Arte Digital, e a primeira da comédia nacional neste plano”, afirma o comediante.
O “NFT do César Mourão” vai estar vai estar em leilão na plataforma Rarible durante as próximas três semanas, com uma base de licitação mínima fixa, sendo depois arrematado pela oferta mais alta.
“Claro que se pode copiar este emoji e guardar no computador ou telefone, mas o original certificado é apenas um, e quem o adquirir pode usar depois esse NFT em ambiente de jogos ou cenários virtuais, como quem coloca um bom quadro original na sala”, indica César Mourão.
Recorde-se que os NFTs, ou tokens não fungíveis, são ativos digitais numa Blockchain, a mesma tecnologia que está na base de criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum. Os NFTs funcionam como uma espécie de certificado que pode ser atribuído a um determinado conteúdo digital. O comprador de um NFT fica depois com uma “prova” da sua propriedade na base de dados descentralizada.
Até agora, a peça “Everydays: The First 5.000 Days”, criada por Mike Winkelmann, também conhecido como Beeple, afirma-se como o NFT mais caro de sempre, tendo sido comprado por 69,4 milhões de dólares pelo milionário indiano Vignesh Sundaresan. Na galeria que se segue poderá recordar algumas dos NFTs mais caros.
Clique nas imagens para recordar alguns dos NFTs mais caros de sempre
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