“O jornal i não poderá ser publicado esta quarta-feira, não sendo possível prever quando será retomada a sua edição”, lê-se na nota, que dá conta de que “nos últimos dias, os servidores do i e do Nascer do Sol têm sofrido repetidos ataques informáticos que inviabilizam o trabalho da redação e de todos os departamentos da empresa”.
“A edição online mantém-se, não obstante poderem vir a verificar-se algumas limitações no seu funcionamento regular”, disse o grupo.
De acordo com a mesma nota “já foi feita participação às entidades competentes, depois de uma primeira queixa feita à Polícia Judiciária na sequência de um primeiro ataque de ransomware no passado mês de junho”, tendo o diretor dos jornais, Mário Ramires, solicitado “uma audiência urgente ao Ministério da Cultura, com a tutela da comunicação social, que já está a acompanhar esta situação”.
“A direção dos jornais lamenta desde já o prejuízo causado aos leitores, nomeadamente aos assinantes”, conclui.
Nos últimos meses, vários órgãos de comunicação social têm sido alvo de ataques informáticos, incluindo a Impresa, dona do Expresso e da SIC.
Na sequência deste ataque, os sites do grupo Imprensa ficaram três dias fora do ar e a empresa foi obrigada a percorrer um longo caminho até ter condições para ultrapassar os danos provocados. Além do ataque ter afetado os sites da SIC, Expresso, Blitz, Olhares, ADVNCE e da plataforma OPTO, que ficaram offline, estendeu-se também aos sistemas de operação dos canais de TV e dos jornais e revistas. Para além disso, foram expostos dados pessoais de identificação e contacto de alguns clientes daqueles meios.
A Cofina foi também alvo de uma tentativa de ataque já em 2022, bem como a Trust In News, dona da Visão. Mais recentemente foi a vez da Lusa.
A agência foi alvo de um ataque DDoS (Distributed Denial of Service), que começou por provocar instabilidade na plataforma e intermitências no acesso ao serviço, no dia 12 de maio, que foram aumentando nos dois dias seguintes. Este tipo de ataques serve precisamente para sobrecarregar os servidores da entidade atacada, até deixarem de conseguir responder aos pedidos de acesso. A situação ficou normalizada três dias depois de ter sido identificada.
Além de órgãos de comunicação social, a Vodafone Portugal também viu todos os seus serviços fortemente afetados pelo ataque de que foi alvo no início do ano, assim como os laboratórios Germano de Sousa; o Hospital Garcia de Orta; a Sonae, dona do Continente; e a Eletricidade dos Açores, entre outros.
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