Como serão as cidades do futuro? Esta é uma pergunta a que a Terminus Group se propõe a responder através da AI City. Na sessão “Building AI cities” no Channel 4 do Web Summit 2020, Victor Ai, fundador e CEO da tecnológica chinesa, e Bjarke Ingels, founding partner do Bjarke Ingels Group, responsável pelo design, deram a conhecer mais sobre as ambições do projeto, que, para já, está numa fase conceitual.
A primeira fase do projeto, apelidada “Cloud Valley”, será localizada na cidade chinesa de Chongqing, na sede da Terminus Group. Segundo os responsáveis, a AI City representa como uma confluência de múltiplas tecnologias: desde a Inteligência Artificial à robótica, passando pelo ecossistema da Internet of Things (IoT).
Para Victor Ai, um dos aspetos que esteve em mente durante a criação do projeto foram estilos de vida que as pessoas terão no futuro. Assim, a cidade inteligente pretende adaptar-se aos hábitos dos habitantes, aprendendo a partir das suas experiências, e seguindo a evolução das tecnologias.
O projeto tem a ambição de “quebrar” as barreiras entre humanos e IA, unindo espaços físicos e virtuais, sem esquecer a importância da sustentabilidade. “Queremos que as pessoas consigam tirar o máximo partido de todas as oportunidades que a cidade tem para oferecer”, subilhou Victor Ai.
Do futuro para o presente: Como é que Lisboa se está a tornar numa “Smart City”?
A cidade anfitriã do Web Summit não quer perder terreno e, embora ainda não tenha a ambição de desenvolver um projeto tão futurista quanto aquele criado pelo Terminus Group, tornar-se numa “Smart City” está definitivamente nos seus planos.
Na sessão “Lisboa: A Smart City” no canal dedicado a Portugal, Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, e Sofia Tenreiro, Chief Operating Officer (COO) da Galp destcaram o impacto que a pandemia de COVID-19 teve no processo de transformação da cidade.
A existência de infraestruturas tecnológicas e de telecomunicações em Lisboa permitiram uma adaptação ao contexto da crise de saúde pública, embora esta nos tenha apanhado a todos de surpresa, sublinharam as responsáveis. “Estamos a tornar-nos ainda mais digitais: seja na mobilidade ou na forma como fazemos pagamentos”, afirmou Sofia Tenreiro.
Depois da pandemia, a mobilidade como a conhecemos vai mudar para sempre, enfatizou a COO da Galp, lembrando que há cada vez mais pessoas e empresas querer ser mais sustentáveis. Mas esta é uma mudança que se tem de aplicar também às zonas fora das cidades
Já Madalena Cascais Tomé, deu a conhecer que a SIBS registou um fenómeno associado às restrições de movimentação implementadas, com o aumento do nível de pagamentos fora das cidades. Em paralelo, assistiu-se também à mudança das estratégias das empresas para o mundo online, com uma grande ênfase no ecommerce. “É uma mudança estrutural”. S
Será possível viver uma vida totalmente cashless em Portugal? De acordo com a CEO da SIBS, o país tem a tecnologia para tornar isso uma realidade. “Estamos a evoluir de forma muito rápida”, sublinhou, acrescentando que Portugal está até a dar um “grande salto” no que toca aos pagamentos mobile.
Para a responsável há um fator determinante na gestão bem-sucedida de uma Smart City: a capacidade de ter visão a médio e longo prazo. Em linha com Madalena Cascais Tomé, Sofia Tenreiro acrescentou também que a cibersegurança é um aspeto que não pode ser esquecido, assim como a necessidade de encontrar formas eficientes de gerir a implementação de novas tecnologias.
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