Com o software certo, os Valkyrie poderão, eventualmente, um dia ser capazes de usar ferramentas e realizar tarefas como os humanos, substituindo-os em ambientes hostis, como áreas atingidas por desastres naturais ou planetas longínquos. É pelo menos essa a intenção da NASA.
Batizados em homenagem a uma personagem feminina da mitologia nórdica, os robots humanoides são figuras imponentes do alto dos seus 1m88cm de altura e 140 quilos de peso e têm vindo a ser testados no Centro Espacial Johnson em Houston, nos Estados Unidos.
O modelo foi inicialmente concebido para competir no desafio de robótica da DARPA, a agência norte-americana avançada de defesa, em 2013, sob a denominação de R5. Após o evento, foi aprimorado para melhorar a confiabilidade, durabilidade e desempenho.
Os Valkyrie foram projetados para serem totalmente autónomos e capazes de utilizarem ferramentas e equipamentos de forma semelhante ao que os humanos fazem, para realizarem tarefas arriscadas em situações ou locais considerados perigosos.
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Além de operarem em Terra, os robots também têm potencial para serem usados no espaço, nomeadamente a executarem tarefas como limpar painéis solares ou inspecionar equipamentos defeituosos fora das naves espaciais. Isso permitiria que os astronautas se concentrassem em atividades de exploração e descoberta.
O objetivo não passa por substituir as tripulações humanas, mas sim por retirar-lhes as tarefas rotineiras ou mais arriscadas para que se concentrem em atividades de outro nível, explica a NASA.
Em outubro último, o robot começou uma nova missão longe da sua casa no Centro Espacial Johnson, em Houston. Em colaboração com a empresa Woodside Energy, em Perth, na Austrália, a NASA planeou usar o Valkyrie para desenvolver capacidades de manipulação remota, aplicada a instalações energéticas, sem pessoas, localizadas em alto mar.
A intenção é testar o comportamento do Valkyrie, tanto na vertente do software como na destreza, e acelerar o desenvolvimento da tecnologia robótica, nomeadamente com novas capacidades que poderão vir a ter aplicações nas missões Artemis ou em futuras missões a Marte - além de outros objetivos terrestres -, ajudando a humanidade a explorar e a trabalhar com segurança em qualquer lugar.
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