Na semana passada, a Boston Dynamics agitou o mundo da robótica com dois grandes anúncios: o lançamento do Atlas elétrico e a reforma do Atlas hidráulico original, dez anos depois do seu lançamento, que mereceu inclusive um vídeo de despedida.
Intitulado "Farewell to Atlas", o vídeo celebra a jornada do Atlas original, desde os primórdios, enquanto projeto de investigação da DARPA, até se transformar num robot bípede incrivelmente ágil.
Ao mesmo tempo, também destaca os desafios enfrentados durante essa “viagem”, mostrando erros técnicos e quedas, admitindo que o processo não é feito apenas de sucessos - e que cair faz parte do processo de aprendizagem, tanto para humanos como para robots.
Veja o vídeo
Na Boston Dynamics desenvolveu-se uma cultura em torno da ideia de que é necessário aprender com o fracasso para progredir. "Se contruirmos máquinas ou uma cultura em torno do nunca cair, será impossível aprender o que é preciso aprender para fazer com que o robot não caia. Celebramos as quedas, mesmo as quedas que quebram o robot”, referiu Robert Playter, CEO da Boston Dynamics.
A capacidade de levantar após uma queda é fundamental para a eficácia dos robots, como demonstrado pelo novo Atlas elétrico, que consegue pôr-se em pé a partir de uma posição completamente plana.
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A empresa aprendeu igualmente muito sobre quedas com o Spot, outro dos seus robots, que passa muitas horas em testes no mundo real.
Apesar dos desafios, a Boston Dynamics está comprometida em construir robots resilientes capazes de caírem e continuarem a funcionar, com cada queda encarada como uma oportunidade de aprendizagem e melhoria.
Veja na galeria imagens do novo Atlas
Na Agility parecem concordar, enquanto aprimoram o robot Digit. Para Pras Velagapudi, CTO da empresa, ver robots a caírem enquanto funcionam é positivo, pois indica que estão a trabalhar em ambientes do mundo real e a lidar com situações imprevistas, cita o TechCrunch.
“Quando se trata de robótica bípede, cair é um professor maravilhoso", considera Pras Velagapudi.
A máxima “todos caímos de vez em quando, mas é como nos levantamos que nos define” usa-se entre as pessoas, mas também pode ser aplicada aos robots bípedes. Aprender a cair bem é igualmente importante.
Além disso, resgatar um robot humanoide não será algo fácil, lembrou Robert Playter, apontando para o peso dos robots, associada à dificuldade de um conserto manual. “Como é que vamos arranjar os robots se não os conseguirmos levantar do chão?”.
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