Numa semana pautada pelas apresentações e revelações de videojogos no âmbito da E3, também a Intellivision mostrou a versão finalizada da sua consola Amico. Trata-se de mais uma recuperação de uma consola clássica, mas que segundo o CEO da empresa, Tommy Tallarico, tem diversos elementos modernos. No fundo, o objetivo é fazer regressar a mesma experiência de ter amigos com quem jogar no mesmo sofá, mas com formas novas de jogar os velhos clássicos que foram reconstruídos para a atualidade.
Durante a apresentação foi referido que a consola tem vindo a ser adiada devido à pandemia, estando agora marcada para o dia 10 de outubro, um ano depois da previsão inicial. No entanto, Tommy Tallarico disse que o adiamento permitiu angariar ainda mais jogos para acompanhar o seu lançamento.
Veja fotografias da nova consola Intellivision Amico
Longe de querer competir com qualquer consola atual, em termos de hardware, a Intellivision prefere pensar na sua proposta como complemento das existentes. Para quem deseja diversão imediata, sem complicações ou perder tempo a aprender mecânicas. A Amico tem um processador Snapdragon da Qualcomm, e todos os jogos estão a ser pensados para serem jogados em multijogador, sem nunca esquecer as experiências a solo.
Para além dos direitos da consola Intellivision, Tommy Tallarico também conquistou os seus jogos originais. A fase seguinte foi reunir grande parte dos criadores dos títulos clássicos, com uma vasta experiência na indústria para produzir novas experiências adaptadas à realidade atual. Mesmo grande parte do catálogo da Atari foi garantido.
E a consola parece ter alguns dos conceitos que tornaram a Wii um sucesso: a acessibilidade, a simplicidade dos jogos, a possibilidade de vários amigos ou familiares juntarem-se para partidas (daí o nome inspirar-se na palavra italiana para amigo), e claro, há alguns “mimos” tecnológicos que parecem fazer denotar-se a consola de outras propostas recentes, como a PlayStation Classic ou a NES e Super NES Mini.
Os comandos da consola parecem smartphones, com ecrã tátil e 12 LEDs controlados independentes, com mais 40 na consola, oferecendo uma grande variedade de expressões apenas através das luzes. Muitas as cores vão estar associadas a ações nos jogos, que ao longo do tempo os jogadores vão identificando, pela similaridade dos seus padrões. Os comandos são wireless e têm uma autonomia de até 6 horas, podendo ser carregados em duas horas, bastando poisá-los na base da consola (até dois controladores) ou alternativamente por USB-C. A empresa oferece ainda uma app gratuita para que possa utilizar até oito smartphones em substituição dos controladores, garantindo que ninguém fica de fora por falta de comandos.
Além do ecrã tátil, os comandos têm funcionalidades como giroscópio, sensores de movimentos, altifalantes, microfones e o famoso rumble gerado pelo force feedback. Em vez do habitual d-pad com oito direções, o comando apresenta uma roda tátil que pode ser movido em 64 direções. Cada comando tem quatro gatilhos e um botão de Home. Talvez o detalhe mais delicioso da promessa da consola, é que toda a informação da livraria de jogos do utilizador é guardada no comando. Assim, pode pegar no comando, visitar um amigo, emparelhar o comando na sua consola, que passa a identificar a biblioteca de jogos do visitante. Até o mesmo se ir embora, todos os seus jogos podem ser desfrutados na consola do amigo.
Veja imagens de alguns jogos da consola:
A consola tem porta HDMI para ligar ao televisor, uma USB-C e uma ranhura para cartões microSD, para que possa aumentar a capacidade de armazenamento da consola, mas porque será a forma de utilizar jogos físicos comprados. A consola permite ainda conetividade RFID, ou seja, identificação por radiofrequência, significando que esta lê cartões de brindes que uma vez encostado na consola desbloqueia algo. Ou mesmo vouchers que possa adquirir e facilmente redimi-los.
Para o lançamento, a consola apresenta mais de 20 títulos, incluindo Earthworm Jim 3 (uma aventura totalmente original da série a ser produzido pelos seus criadores, incluindo David Perry), Asteroids, Breakout, Shark Shark, Tempest, Cloudy Mountain, Dyno Blaster e Missile Command, para referir alguns. E ainda têm membros da equipa de Ecco the Dolphin, um clássico da Megadrive, para produzir uma sequela espiritual chamada Dolphin Quest.
Existem algumas características interessantes nos jogos. Por exemplo, graças às características dos comandos, será possível um grupo de jogadores jogar Poker frente à televisão, sem mostrar as suas cartas, vendo as suas no ecrã do controlador. Nas partidas de Shark Shark, o jogador com menos pontuação pode receber algumas “batotices” do sistema, sendo mostrado onde vai aparecer o próximo bónus, por exemplo.
A Intellivision Amico promete assim experiências old school, adaptadas às necessidades da realidade atual. Mas a prioridade é oferecer algo realmente divertido para todos.
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