O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge foi o vencedor do Prémio Abertura 2022. O Centro Hospitalar Universitário de São João e a Direção-Geral do Livro dos Arquivos das Bibliotecas foram destacados na mesma iniciativa, com menções honrosas.
Atribuído pela ESOP – Associação de Empresas Portuguesas de Open Source, o prémio Abertura visa distinguir as entidades que se destacam pela utilização e adoção de tecnologias de código aberto, ou que contribuíram para a sua divulgação e dinamização ao longo do último ano.
Este ano, a distinção foi para o Sistema de Gestão da Qualidade do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, um projeto que assentou numa solução open source para criar um sistema personalizado que otimizou o funcionamento interno do INSA na área da gestão da qualidade.
Helena Torgal, Coordenadora da Área da Qualidade e Glória Isidro, Coordenadora do Departamento de Genética Humana e Gestora da Qualidade apresentaram o projeto no evento dos prémios, detalhando alguns dos principais desafios de gestão anteriores à implementação realizada pela ThinkOpen Solutions. O constrangimento mais sublinhado tinha a ver com as “limitações que enfrentavam ao nível do número de utilizadores simultâneos”, como refere uma nota de imprensa.
Na mesma sessão foram mostrados os dois projetos distinguidos no âmbito do mesmo prémio com menções honrosas. Do Centro Hospitalar Universitário de São João veio o projeto do Repositório Clínico Digital. Maria João Campos, diretora do Centro de Gestão de Informação e diretora de Sistemas de Informação e Comunicação no Centro Hospitalar Universitário de São João, reconheceu no evento a complexidade do projeto distinguido, tendo em conta que cada departamento da instituição utiliza uma base de dados diferente, que não comunicava com as restantes. "Foi opção de projeto do RCD promover o uso de tecnologia aberta para a criação do repositório fundamentalmente pela sustentabilidade do projeto e pela sua longevidade em matéria de preservação digital, assunto da maior relevância na transformação digital na Saúde. A promoção da adoção e utilização de tecnologias abertas facilita ainda, na perspetiva do CHUSJ, a replicação que se pretende para os resultados obtidos com o projeto, permitindo que outras entidades de Saúde possam tirar partido do repositório clínico digital implementado".
Maria João Campos afirma ainda que "o desenvolvimento possibilitou ainda o incentivo de novos parceiros tecnológicos a contribuir para o seu desenvolvimento, num espírito aberto e de transparência que muito contribui para o futuro nesta área de preservação digital na Saúde." Para isso, a Keep Solutions, parceira no desenvolvimento deste projeto, utilizou soluções Open Source que deram suporte a essas necessidades.
A Direção Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas viu destacada a Plataforma Consulta Real em Ambiente Virtual, para onde estão a ser digitalizados documentos históricos integrados no arquivo nacional, de forma a ficarem disponíveis com um sistema de consulta eficiente, que não comprometa a sua integridade. O projeto, nesta fase, foi implementado pela Caixa Mágica e tocou a “ponta do iceberge”. Segundo dados fornecidos pela instituição, a DGLAB arquiva 120 quilómetros de documentos e só cerca de três quilómetros estão já digitalizados.
Os prémios Abertura 2022 foram entregues durante o evento Open Source: Tecnologia que Faz e Descomplica promovido pela ESOP, em parceria com a Associação Empresarial do Minho e com o apoio das empresas Keep Solutions e Eurotux. O evento decorreu no Altice Fórum Braga. Este ano, e pela primeira vez, puderam também candidatar-se a este prémio projetos realizados em países da CPLP.
Nota de redação: Notícia atualizada com mais citações de Maria João Campos referentes ao uso de Open Source pelos parceiros tecnológicos. Última atualização 26/10 16h19.
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