Anualmente, a divisão de investigação da IBM traça um mapa de previsões tecnológicas para os próximos cinco anos. O objetivo é demonstrar cinco tecnologias que a empresa acredita serem revolucionárias e capazes de transformar a sociedade e os negóciosnesse espaço de tempo de futuro. Na edição deste ano, o destaque do “5 in 5”, como é designado, vai para a evolução computacional que se adivinha, que segundo a IBM “excederá tudo aquilo que foi visto anteriormente”.

O primeiro pensamento vai para o inevitável conceito da Internet das Coisas. Âncoras criptográficas (dispositivos computacionais mais pequenos que grãos de sal) estarão inseridos em objetos e dispositivos do quotidiano. As informações garantem a autenticidade dos itens desde o ponto de fabrico até ao utilizador final. A tecnologia permitirá, no futuro, combater a contrafação dos produtos e garantir a qualidade dos componentes, ou mesmo a segurança de bens alimentícios.

Este tema poderá mesmo ser abordado no evento Think 2018, que arranca esta segunda-feira em Las Vegas, onde a IBM deverá revelar o computador mais pequeno do mundo… do tamanho de um pequeno grão de sal. Segundo consta, o computador poderá custar menos de 10 cêntimos e terá capacidades semelhantes aos modelos comuns.

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A segunda previsão tecnológica refere-se à encriptação de dados. A IBM reclama para a si a produção de um novo método de protocolos de encriptação que nenhum computador conseguiu ou conseguirá penetrar, baseada em “lattice cryptography”. O sistema já foi submetido ao governo americano e diz estar preparado para os futuros computadores quânticos. Vai ser um grande desafio para os hackers...

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A terceira e quarta previsão assentam na inevitável revolução da inteligência artificial. A primeira dita uma solução possível para a poluição dos oceanos, referindo que pequenos robôs microscópicos ligados em rede e governados por IA serão utilizados para monitorizar as águas em tempo real. As informações obtidas servirão para fazer previsões de ações imediatas para resolver derramamentos de combustível e outras fontes de poluição.

A outra faceta da inteligência artificial é discernir as soluções realmente confiáveis, ensinando e treinando os sistemas para serem justos, capazes de interpretar questões raciais, de género e até ideologias. A IBM propõe um método para reduzir a parcialidade que possa estar presente na base de dados de treino, para que futuramente os algoritmos de IA possam aprender de forma mais justa.

Por fim, a IBM referiu-se à computação quântica como atual "parque de diversões dos investigadores", mas que daqui a cinco anos será considerado mainstream. A tecnologia estará presente nas salas de aulas, onde serão criadas novas categorias de profissionais e investigadores. A empresa refere que em breve os computadores quânticos conseguirão resolver as equações mais complexas, apanhando e até ultrapassando a capacidade as máquinas clássicas.