A evolução da inteligência artificial generativa, e a crescente popularização das soluções que usam esta tecnologia, está a transformar a maneira como se produz e consome informação, impactando o mundo do jornalismo, num tema esteve em destaque num workshop organizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) em Lisboa, em que o TEK Notícias participou.
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Como detalhado por Ricardo Abreu, professor adjunto no IPAM Lisboa, hoje existem várias ferramentas que tiram partido da IA generativa, que funciona como um “cérebro digital” que aprende padrões através de redes neurais.
Desta extensa lista destacam-se as soluções criadas por gigantes tecnológicas como OpenAI, Google, Anthropic ou Perplexity, cuja popularidade tem crescido exponencialmente ao longo dos últimos anos, e cujo leque de funcionalidades tem evoluído significativamente.
Cada uma destas ferramentas tem as suas especificidades e pontos fortes, seja para a criação de texto, apoio na investigação ou na geração de imagens e vídeo. Nesse sentido, a tecnologia pode ajudar os jornalistas a “acelerar” o seu trabalho.
Da tradução à análise de dados, passando ainda pela geração de novas ideias, a IA pode ser uma “aliada” quando se trata de automatizar tarefas repetitivas, permitindo libertar mais tempo para trabalhos mais aprofundados, dedicando também mais tempo ao jornalismo de qualidade, realça Ricardo Abreu.
No entanto, há novos e grandes receios associados ao uso de IA generativa no jornalismo. Além da ameaça ao próprio trabalho e funções executadas pelos jornalistas, os perigos das “alucinações”, da desinformação e do enviesamento algorítmico juntam-se a questões no campo da ética na outra face da moeda.
“A IA generativa apresenta-se como uma grande oportunidade, mas também um desafio ético”, destaca Ricardo Abreu.
À medida que se torna cada vez mais impossível “escapar” à IA, estará o jornalismo condenado? As opiniões dividem-se, mas adaptar-se à evolução tecnológica, sem esquecer o papel humano, será essencial para as organizações no sector dos media conseguirem navegar por este novo panorama.
De acordo com Horácio Lopes, professor no IPAM Lisboa, para os jornalistas que já estão a tirar partido das potencialidades da IA, o grande desafio está em perceber se a informação que as ferramentas apresentam é factual e tem validade para o conteúdo que está a ser produzido.
Aqui, da mesma forma que a otimização dos prompts é útil para um utilizador comum, o mesmo se aplica para os jornalistas, numa metodologia adaptada às suas necessidades e onde a verificação científica e de factos deve sempre fazer parte, com Horário Lopes a lembrar que a IA nunca deve tomar conta da narrativa.
Ricardo Abreu enfatiza que o “importante é olhar para estas ferramentas de forma crítica", compreendendo onde estão os limites éticos na sua utilização. "A IA é muito importante para esta profissão e está cada vez mais a ser utilizada", reconhece o professor, lembrando que a ética deve continuar a ser o fio condutor do jornalismo.
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