Os primeiros tablets híbridos da Huawei foram anunciados em 2016 e a estratégia da empresa para os computadores portáteis foi reforçada com o lançamento do MateBook em 2017 e novas linhas de portáteis em 2018, completando uma experiência de mobilidade, e procurando uma interligação com o smartphone da marca.
A linha de produtos demorou a chegar a Portugal e só foi lançada em 2019, mas o conflito nos Estados Unidos, e a colocação da Huawei na lista negra de empresas com as quais as companhias norte americanas não podem fazer negócios obrigou a uma suspensão do desenvolvimento desta área, que agora volta a ter novo ânimo com a garantia de que a Microsoft pode continuar a fornecer o sistema operativo Windows à empresa chinesa.
Tiago Flores explica que o lançamento dos portáteis em Portugal "foi muito positivo" mas que a situação com os Estados Unidos impediu o desenvolvimento de novas propostas de valor. Com a situação resolvida, o responsável pela área de consumo na Huawei Portugal diz que "vamos reiniciar o negócio com a apresentação no início do ano de novas propostas com novos chassi e com os novos processadores Intel e AMD". O objetivo é também completar a gama de MateBook com uma linha completa desde equipamentos de entrada até ao topo de gama, com a série D, a gama média e a continuação do X Pro.
O SAPO TEK já testou os MateBook X Pro e o MateBook X i5 que se batem bem contra as propostas dos principais fabricantes de computadores pessoais no mercado.
As novidades da linha de PC vão surgir já em janeiro, garante Tiago Flores, que adiantou ao SAPO TEK que o Mobile World Congress será também um momento importante para anúncio de novidades neste segmento.
"Estamos muito empenhados em trazer uma experiência alargada em produtos que gravitam à volta do smartphone, sejam os tablets, os wearables, os freebuds, os televisores e os PCs, e através do Huawei Share vamos ter uma forma muito integrada de usar esses equipamentos", refere o executivo da Huawei. Como exemplo aponta a integração entre o EMUI 10 (com Android 10), no P30 pro e a ligação do smartphone com um PC Huawei , que é "muito completa, em transferência de ficheiros e edição dos mesmos".
Mais wearables e auriculares na oferta da Huawei, com destaque para os FreeBuds
Enquanto o negócio de smartphones continua em apuros devido ao bloqueio da tecnologia norte americana, a Huawei tem apostado nos wearables, especialmente em smartwatches, onde possui uma linha completa de equipamentos em vários modelos e versões com os Watch GT.
Tiago Flores admite que a empresa está muito satisfeita com o crescimento que este segmento tem tido, e diz que não está surpreendido porque "os periféricos do ecossistema à volta do smartphone são cada vez mais procurados". Destaca também a área de acessórios, com o audio e bluetooth audio, com os Freebuds 3 que a empresa acaba de lançar no mercado português e que explica que têm mais duração de bateria do que a concorrência e a capacidade de controlar o cancelamento de ruído conforme os ambientes.
"A procura tem sido muito elevada", adianta, acrescentando que a expectativa é que esta tendência continue e seja ainda reforçada em 2020. "Para o próximo ano projetamos que as famílias não smartphone vão representar uma fatia significante do revenue e alargarão experiência do utilizador", afirma Tiago Flores.
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