A Press Association (PA) vai receber mais de 700 mil euros da Google, para integrar sistemas de inteligência artificial no processo de redação de notícias. O financiamento será feito através da Digital News Initiative, um programa da empresa norte-americana, cujo objetivo é o de apoiar o jornalismo europeu com a implementação de soluções tecnológicas e inovadoras.
A PA fornece conteúdos noticiosos a vários órgãos de comunicação do Reino Unido e da Irlanda, mas o editor-chefe já confirmou que as notícias nunca serão escritas de forma autónoma por estes programas. Em vez disso, explica Peter Clifton ao The Guardian, os jornalistas humanos ficarão encarregues de criar modelos detalhados de notícias para temas como crime, saúde e desemprego, que serão depois preenchidos pela IA. Esta última é ainda capaz de gerar gráficos automáticos para cada artigo e de encontrar imagens e vídeos relacionados com o tema.
Urbs Media's Radar é o nome da ferramenta que será utilizada nestes casos. Vai ser fornecida por uma startup chamada Urbs Media e deverá ajudar na redação de 30 mil histórias por mês.
"Os jornalistas humanos vão ser vitais neste processo", disse Clifton, "mas a Radar permite-nos utilizar a inteligência artificial para aumentar o volume de notícias escritas a um patamar que seria impossível de alcançar manualmente".
Métodos como este já estão a ser utilizados noutras partes do mundo há vários anos. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, o Los Angeles Times utiliza inteligência artificial para escrever sobre ocorrências sísmicas desde 2014.
O dinheiro que a Google vai investir neste projeto, e que vai totalizar a soma de 706 mil euros, será ainda utilizado para desenvolver novas ferramentas jornalísticas digitais com base nos registos públicos de informação.
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