O MEO XL Games realizou-se no último fim-de-semana, tendo recebido cerca de 38 mil visitantes, naquele que foi o terceiro e maior evento de gaming na sua tour pelo país. Na Exponor de Matosinhos foi possível encontrar experiências de gaming para todos os gostos, das tradicionais consolas PlayStation 5 e Nintendo Switch, com as mais recentes novidades, às experiências intensas com os simuladores de condução e de realidade virtual. E para quem gosta de competições houve torneios para uma dezena de títulos com prémios, assim como a possibilidade de assistir às finais profissionais da Master League Portugal de Counter-Strike 2 e FC 24.
Todas estas experiências tiveram a concorrência de peso que foi o espaço retro. Foi possível ter acesso a uma zona dedicada a máquinas arcade e de pinball de um lado e na área adjacente consolas e microcomputadores clássicos, para amantes de retro gaming. E ainda, numa das partes do evento, o Museu Nostálgica convidou a uma viagem pelo tempo, com diversas máquinas icónicas organizadas cronologicamente.
Este foi, sem dúvida, um dos espaços do MEO XL Games mais procurados, mesmo pelos jovens cosplayers que gostam de se vestir como as suas personagens favoritas. Ao som do tilintar das bolas de pinball, os sons característicos das máquinas arcade, só faltaram as quatro paredes pouca iluminação e fumo no ar para nos transportar para os míticos salões dos anos 1980/90. Porque as máquinas, essas eram as originais.
Veja na galeria imagens do espaço de retro gaming do MEO XL Games:
Mas o interessante foi ver os visitantes mais novos, alguns incrédulos com o charme dos jogos mais simples, sem a complexidade e detalhe dos títulos atuais, mas completamente agarrados aos joyticks e comandos rudimentares de um Commodore Amiga 500, ZX Spectrum, SEGA Megadrive ou Nintendo NES. Um pai que visitava o espaço disse ao SAPO TEK que tem PlayStation em casa, mas a sua filha de oito anos, que o acompanhava, ficava mais presa aos jogos mais antigos, como Super Mario da NES. Salientou ao MEO XL Games que estava a fazer-lhe uma ronda pelos clássicos da sua infância, mostrando à filha que no “seu tempo é que era”. E a jovem parecia estar convencida.
Em conversa com o SAPO TEK, Duarte Miguel, representante da Retro Shop, empresa responsável pela área de consolas e monitores antigos, juntamente com outra empresa parceira Arcade Games, no lado das máquinas e pinballs, disse que tentou trazer o máximo de consolas a antiguidades para o evento. O espaço foi dividido por temas, começando pela Nintendo, a SEGA, os NXT, depois um pouco de diversidade de consolas ao centro, num contraste entre uma PlayStation e uma Amstrad.
A empresa levou também réplicas das consolas antigas na nova versão Mini, como a SNES Mini ou PlayStation Mini. “Depois ao fundo temos a secção do Amiga e Atari, com os modelos Amiga 500, Amiga 600 e Commodore 64, e também da Atari. Deixámos infelizmente no escritório o 1200 e o 4000”.
Questionado sobre a principal peça em exposição, que tenha puxado o interesse dos visitantes mais velhos, Duarte Miguel destaca o Amiga 500 ou 600, máquinas poderosas antes da explosão do PC. Mas para o público em geral que visitou o evento, talvez as primeiras consolas da Nintendo, pela proximidade à série Super Mario Bros. As primeiras PlayStation também são bastante identificáveis pelos visitantes.
A Retro Shop também tem disponível um produto próprio, uma caixa de emulação open source, com uma placa Jammix FPGA, que agora tem suporte a cartões SD, adaptada a quem quiser incluir numa arcade (syporta JAMA e ITX).
Veja na galeria imagens do MEO XL Games:
“Gosto de ver o brilho nos olhos dos pais a tentar explicar aos seus filhos como foi a geração deles e como começaram os jogos. E é engraçado ver como os filhos, que nunca tinham jogado estes títulos retro acabam por ser melhores que os pais, mas que já têm a destreza dos novos videojogos, acabam por se desenrascar mais facilmente”. A interação entre pais e filhos é o aspeto que mais gosta de presenciar nestes eventos no seu espaço retro.
As máquinas mais chamativas ainda conseguem ser a Nintendo Wii, uma consola que ainda não é considerada retro, mas onde foi organizado um torneio. A Analog Megadrive com o Sonic também foi bastante procurada. “Uma máquina que me tem surpreendido bastante é Megadrive II, uma máquina que não costumamos trazer para os eventos, optamos pela Master System e Megadrive, mas pelos vistos o público com 25 anos teve acesso à consola”, remata Duarte Miguel.
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