O foguetão Longa-Marcha 2F, com a cápsula da missão Shenzhou-14, descolou ontem às 10:44 (03:44 em Lisboa) do centro espacial de Jiuquan, no deserto de Gobi (noroeste).

O objetivo desta missão é a conclusão dos trabalhos na estação espacial chinesa Tiangong (“Palácio Celestial”), incluindo a ligação de dois módulos de laboratório, ao módulo Tianhe, lançado em abril do ano passado.

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A China pretende terminar a construção da estação este ano e as autoridades tinham anunciado planos para enviar para a Tiangong “dois módulos experimentais, duas naves tripuladas e duas naves de carga”.

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A estação, de 70 toneladas, deverá manter-se em funcionamento durante 15 anos, a orbitar a cerca de 400 quilómetros da superfície terrestre. A Estação Tiangong vai orbitar a cerca de 230 milhas acima da Terra (370km), um pouco abaixo da Estação Espacial Internacional, que é quatro vezes maior.

A decisão de construir uma estação espacial surgiu depois da recusa dos Estados Unidos de deixar a China participar na Estação Espacial Internacional (ISS).

O programa espacial chinês colocou o primeiro astronauta em órbita em 2003, tornando a China o terceiro país a fazê-lo, com recursos próprios, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.

O país já enviou com sucesso sondas para a Lua e Marte.