Um recém-publicado estudo levado a cabo por investigadores da NASA revela que, afinal, a atmosfera de Júpiter poderá ter mais água do que se esperava. Para chegar a esta conclusão, os cientistas recorreram a dados recolhidos pela sonda Juno, a qual está a ajudar a descobrir os mistérios do planeta desde o início de julho de 2016.
De acordo com o estudo publicado na revista científica Nature Astronomy, os dados recolhidos pela sonda Juno demonstram uma realidade diferente daquela que a missão Galileo deu a conhecer em 1995. Há 25 anos, os dados enviados pela sonda da NASA revelavam que Júpiter poderia ser um planeta “extremamente seco” quando comparado com o Sol. Neste âmbito, a comparação baseia-se na presença dos elementos que compõem a água (oxigénio e hidrogénio).
Os novos dados revelam que, afinal, a zona equatorial da atmosfera de Júpiter apresenta uma composição de 0,25% de água. “Quando pensávamos que já sabíamos tudo sobre Júpiter, o planeta vem lembrar-nos de que, na verdade, ainda temos muito para aprender”, sublinha Scott Bolton, um dos principais investigadores do estudo, citado em comunicado da NASA à imprensa. O cientista afirma que este é um dos muitos “puzzles” que a NASA está a tentar resolver.
O gigante gasoso e o seu conjunto de satélites naturais têm vindo a intrigar a comunidade científica há muito tempo, em especial a lua Europa. Em agosto de 2019, a NASA anunciou que que se encontra cada vez mais próxima de iniciar a sua exploração da lua de Júpiter. A missão Europa Clipper está na fase final do seu desenvolvimento, seguindo-se a construção do satélite que vai embarcar na viagem espacial em 2025. Até lá, a Agência Espacial Europeia tem também uma viagem marcada para Júpiter para 2022, onde a missão Juice - Jupiter Icy Moons Explorer - fará uma passagem por três dos satélites naturais deste planeta.
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