O lançamento do foguetão Falcon 9 que dará boleia à Polaris Dawn foi adiado esta quarta-feira pela segunda vez. A missão marcará um novo capítulo na exploração do Espaço ao realizar o primeiro passeio espacial privado, além de ser a viagem mais distante desde o programa Apollo, encerrado em 1972, alcançando os 1.400 quilómetros de altitude.
Na origem do adiamento estiveram "previsões meteorológicas desfavoráveis nas áreas para a aterragem ao largo da costa da Flórida", de acordo com um comunicado publicado pela SpaceX.
"As equipas continuarão a monitorizar as condições meteorológicas para determinar janelas de lançamento e regresso favoráveis", informou a empresa para o Espaço de Elon Musk, sem definir datas mais precisas.
A tripulação é composta por quatro membros, incluindo o bilionário Jared Isaacman, que liderou a missão Inspiration4, em 2021. Na cápsula Crew Dragon Resilience, estará acompanhado por Kidd Poteet, Sarah Gillis e Anna Menon, todos estreantes em voos espaciais.
A Polaris Dawn tem como objetivo atingir a órbita terrestre mais alta desde o programa Apollo, assim como realizar a primeira atividade extraveicular (EVA) por astronautas privados, usando fatos desenvolvidos pela SpaceX.
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Esta caminhada espacial, prevista para o terceiro dia da missão, terá a duração total de cerca de duas horas, com 15 a 20 minutos de passeio para cada um dos dois astronautas que o vão realizar, ou seja, o comandante Jared Isaacman e a especialista Sarah Gillis não vão passear juntos, mas sim sequencialmente.
Flutuar no espaço exigirá uma preparação nas 45 horas anteriores, segundo a agência de notícias Reuters. Os tripulantes passarão por um processo de "pré-respiração", destinado a preencher a cabine da nave apenas com oxigénio. A ideia é evitar a presença de nitrogénio, que, se estiver na corrente sanguínea, pode bloquear o fluxo de sangue nos passageiros. Antes da saída, a Crew Dragon é despressurizada e exposta ao vácuo do espaço.
A caminhada espacial também exige fatos de astronautas específicos, que foram desenvolvidos pela SpaceX, fabricados com materiais dos foguetões da empresa. Além disso estão equipados com um visor e uma câmara de última geração no capacete, além de tecidos térmicos e um design que promete dar mais mobilidade aos astronautas.
Recentemente os fatos foram sujeitos a testes, realizados num ambiente de vácuo pela primeira vez, o que permitiu a familiarização com o desempenho dos mesmos, a recolha de dados biométricos e a avaliação dos impactos das mudanças de pressão no corpo humano. A SpaceX pretende usar estes fatos e as versões melhoradas em futuras missões na órbita da Terra.
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A caminhada espacial da tripulação da Polaris Dawn será histórica, não apenas por ser a primeira comercial, mas também porque os quatro astronautas serão expostos simultaneamente ao vácuo do espaço. Enquanto Jared Isaacman e Sarah Gillis vão sair da nave Dragon, Kidd Poteet e Anna Menon ficam responsáveis por gerir as ligações aos fatos e por monitorizar a telemetria.
Durante a missão, a tripulação também conduzirá mais de 30 estudos científicos durante a missão, incluindo investigações sobre a saúde humana em microgravidade e testes de comunicações Starlink no espaço. Entre as experiências, destaque para o uso de lentes de contato inteligentes, com que se pretende analisar a síndrome neuro-ocular associada a viagens espaciais.
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