Esta terça-feira estava previsto o lançamento do satélite Cheops ao espaço, num foguetão russo Soyuz-Fregat, a partir da base europeia em Kourou, na Guiana Francesa. Mas quando tudo parecia a postos, foi dada luz vermelha e a missão foi abortada à última hora. Segunda adianta a Lusa, citando a AFP, a razão do cancelamento deu-se devido a uma falha nos sistemas de controlo do satélite.
O lançamento passou para quarta-feira, às 08:54 (hora de Lisboa), indicou a Roscosmos em comunicado, acrescentando que a avaria está a ser solucionada e que as causas do incidente estão a ser investigadas. Desde 2017 que o lançamento do satélite - uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) - tem sido sucessivamente adiado.
O satélite Cheops (CHaracterising ExOPlanet Satellite) vai estudar os planetas fora do nosso sistema solar e leva a bordo tecnologia portuguesa, de três empresas e de um centro de desenvolvimento, que estiveram envolvidas no consórcio de desenvolvimento da ESA, liderado pela Universidade de Berna, num projeto desenvolvido em parceria com a Suiça. O Cheops é a primeira de uma série de três missões, que incluem ainda a Plato e a Ariel, planeadas para a próxima década, com o objetivo de abordar diferentes aspectos da investigação científica dos planetas mais longínquos.
O satélite foi construído a partir de uma parceria entre a ESA e a Suíça, através de um consórcio liderado pela Universidade de Berna, e tem “contribuições importantes” de mais 10 outros Estados-membros da agência europeia, entre os quais três empresas e um centro de investigação portugueses. As empresas portuguesas FreziteHP e LusoSpace estiveram também envolvidas, sendo que a primeira desenhou e produziu as proteções que vão garantir que os equipamentos suportam a amplitude térmica extrema do espaço.
O telescópio foi desenhado para operar durante cerca de três anos, analisando a dimensão, atmosfera e outras variáveis de 300 dos 4.000 exoplanetas já identificados até agora, aqueles com uma massa entre a da Terra e a de Neptuno. Quando o Cheops atingir os 700 km de altitude, sem a interferência da atmosfera, usará o seu telescópio para medir as muito pequenas variações de luz provenientes destes planetas que giram em torno de outras estrelas. Para conseguir isso, o telescópio é capaz de medir alterações de brilho na ordem dos 0,0001%.
O engenho está decorado com duas placas metálicas onde estão gravados vários desenhos feitos por crianças, incluindo de 88 portuguesas. Os desenhos foram feitos por crianças com idades entre os 8 e os 14 anos.
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