O vulcão Cumbre Vieja da ilha La Palma nas Canárias entrou em erupção no dia 19 de setembro, e quase um mês depois não parece querer arrefecer, tendo até causado uma derrocada na parte norte do seu cone, fazendo a lava espalhar-se em diferentes direções. A lava tem lavrado casas, estradas e causada destruição por onde passa, no lado ocidental da ilha.
Sempre com um olhar atento, o satélite Copernicus Sentinel-5P continua a monitorizar o fenómeno natural, captando imagens dos seus rios de lava, mas também medindo as emissões de gás, fornecendo dados preciosos às autoridades locais, que ajudam a tomar decisões.
Veja as novas imagens do rio de lava do vulcão de La Palma:
No último domingo, dia 10 de outubro, foram detetados 21 movimentos sísmicos, sendo o mais forte classificado com 3.8 na escala de Richter. As cinzas e o pó gerados pelo vulcão já obrigaram as autoridades a fechar o aeroporto da ilha pela segunda vez, desde o início da erupção.
A ESA partilhou novas imagens, captadas no dia 10, de um novo rio de lava expelido pelo vulcão. As imagens foram processadas em cores reais, usando o sistema de infravermelhos de ondas curtas, que realçam o novo fluído de lava.
O Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias salienta que a lava atingiu temperaturas até 1.240º C, tendo destruído os edifícios que restavam a norte de Todoque. A ESA disse que, desde que começou a monitorizar a atividade vulcânica, registou uma área afetada de 497 hectares de terreno, tendo destruído cerca de 1.100 edifícios, à data de 8 de outubro.
De considerar ainda que os satélites oferecem diferentes instrumentos de análise às erupções vulcânicas. Os sensores atmosféricos identificam os fases e aerossóis libertados, de forma a compreender o impacto ambiental. Numa das imagens é possível ver como o Dióxido de enxofre se está a propagar, movendo-se pelo Atlântico em direção à América Central.
No entanto, se clicar no mapa de atualizações diárias com dados do Sentinel, vai reparar como as concentrações do Dióxido de Enxofre já estão no sul da Península Ibérica, afetando a costa Algarvia, sobretudo nas regiões entre Faro e Tavira.
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