São 17 as entidades portuguesas que integram os nove projetos nacionais escolhidos para avançar, no âmbito da iniciativa Cluster 5 - Clima, Energia e Mobilidade, do Horizonte Europa. Garantiram para isso um financiamento de 5,7 milhões de euros.
Os projetos aprovados, em 38 submetidos com participação portuguesa, garantem uma taxa de sucesso nacional de 24% no concurso em questão e permitem que várias entidades portuguesas contribuam para encontrar soluções que ajudem a responder ou mitigar as alterações climáticas. Essa é a grande meta do Cluster 5, que está orientado para soluções mais eficientes e amigas do ambiente, especificamente direcionadas para as áreas da energia e dos transportes. Os resultados agora revelados dizem respeito a parte do concurso de 2021 do Cluster 5, que tinha um montante total disponível de 251 milhões de euros.
Como explica a Agência Nacional de Inovação, que no âmbito da rede PERIN acompanha este cluster em Portugal, os projetos financiados têm diferentes motes e metas. Uma das áreas de ação que se repete em alguns é o objetivo de criar soluções avançadas de carregamento para a mobilidade elétrica. Ora através do desenvolvimento de baterias em estado sólido, ou de processos de fabricação e linhas de montagem para as gigafábricas do futuro, por exemplo. A reciclagem de lítio de matérias-primas secundárias e iniciativas para facilitar a transição para uma economia verde também têm espaço.
A maior parte das entidades envolvidas nos projetos são organismos públicos, universidades ou institutos de investigação. As únicas empresas são a Efacec e a Pegmatitica, que estão em projetos distintos.
“No espaço de pouco mais de um mês, estes são os segundos resultados do Horizonte Europa que anunciamos. Estes resultados dos concursos dos clusters 4 e 5, no seu conjunto, financiam 39 projetos com a participação de 34 entidades portuguesas”, sublinha Joana Mendonça, presidente da ANI.
A responsável detalha que, em conjunto nas duas iniciativas, as entidades portuguesas angariaram 26,7 milhões de euros, o que coloca Portugal no bom caminho para atingir a meta da Agência. Esta meta prevê que Portugal possa chegar a 2027 com o dobro do financiamento angariado para projetos de I&D, ou seja, dois mil milhões de euros, face àquilo que foi possível alcançar no Horizonte 2020.
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