
“Quando faltam mais de cinco meses para o final do ano, em 29 de julho teremos esgotado o orçamento planetário de recursos biológicos para 2021. Se tivéssemos necessidade de uma lembrança da emergência climática a ecológica com que estamos confrontados, o Dia da Sobrecarga da Terra encarrega-se disso”, indicou, em comunicado, Susan Aitken, dirigente política em Glasgow, cidade que vai acolher a 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção Quadro da Organização das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em Inglês), em novembro.
Este índice da organização não governamental (ONG) norte-americana Global Footprint Network tem o objetivo de ilustrar o consumo cada vez maior de uma população humana em expansão em um planeta limitado. Para o dizer de forma figurada, este ano seriam necessárias 1,7 Terras para satisfazer as necessidades da população mundial.
A data é calculada através do cruzamento da pegada ecológica das atividades humanas (as superfícies terrestre e marítima necessárias para produzir os recursos consumidos e para absorver os resíduos da população) e a “biocapacidade” da Terra (capacidade dos ecossistemas de se regenerarem e absorverem os resíduos produzidos pelo Homem, como a sequestração do dióxido de carbono).
A “sobrecarga” ocorre quando a pressão humana excede a capacidade de regeneração dos ecossistemas naturais. A situação não para de se deteriorar, segundo a ONG, desde há 50 anos. Segundo os dados o Dia da Sobrecarga da Terra aconteceu a 29 de dezembro em 1970, 04 de novembro em 1980, 11 de outubro em 1990, 23 de setembro em 2000 e 07 de agosto em 2010.
Em 2020, a data tinha sido adiada em três semanas, sob o efeito dos confinamentos associados à pandemia do novo coronavírus.
A deterioração vista este ano explica-se tanto pela subida da pegada do carbono, em 6,6%, como pela perda da biocapacidade florestal mundial, em 0,5%, “devido em grande parte ao pico de desflorestação na Amazónia”, segundo a ONG.
Se a pegada de carbono associada aos transportes permanece inferior aos níveis anteriores à pandemia, a da ligada à energia deve subir claramente.
“Estes dados mostram claramente que os planos de relançamento da era pós-pandemia só podem ter sucesso a longo prazo se se apoiarem na regeneração e gestão racional dos recursos ecológicos”, declarou Laurel Hanscom, presidente executivo da Global Footprint Network, citado no comunicado.
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