O novo pico de atividade teve início esta semana e uma das tempestades mais moderada já fez sentir os seus efeitos nos últimos dias, mas algumas autoridades ligadas à meteorologia, como o centro de previsão do tempo do US National Oceanic and Atmospheric Administration's (NOAA), o Australian Bureau of Meteorology (BOM) e o British Met Office fizeram um alerta para novas tempestades nos próximos dias de nível G3, com efeitos a 18 e 19 de agosto.

Esta decorre de atividade de uma das manchas solares que tem emitido algumas erupções da classe M mas que já este ano teve episódios que chegaram à classe X. As erupções solares são comuns e fazem parte do ciclo de vida do sol, que num período de 11 anos tem várias fases de atividade com manchas solares e atividade coronal.  Atualmente o Sol está num ciclo ascendente desta atividade que deverá atingir um pico no mês de julho de 2025.

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As erupções da classe M, emitidas pela mancha solar AR3078, podem afetar a Terra se estiverem orientadas nesta direção, com o plasma e os campos magnéticos ejetados no espaço a colidir com campo magnético e atmosfera do planeta, resultando em uma tempestade geomagnética.

A classificação das tempestades varia consoante a gravidade, sendo uma tempestade leve ​​classificada como G1 e uma tempestade G2 moderada, enquanto as mais fortes têm classificações entre G3 e G5. Os avisos emitidos agora pelo NOAA indicam que esta é uma tempestade de nível G3. 

Mesmo as tempestades mais leves podem causar flutuações na rede elétrica, afetando também algumas migrações de animais e as operações de satélites. No caso das tempestades moderadas há alarmes de tensão elétrica em transformadores e pode ser necessário corrigir a rota de satélites, enquanto as operações de rádio de alta frequência podem ser interrompidas.

Um dos efeitos mais espetaculares, e esperados pelos observadores do céu, são as auroras boreais, que resultam da chegada de partículas à magnetosfera da Terra, acelerando o campo magnético e provocando um efeito de cores na atmosfera, também designado como as luzes do norte. Estes fenómenos são habitualmente visíveis nas zonas mais próximas dos polos norte e sul, mas com as tempestades solares podem alargar-se o campo de visualização a latitudes mais baixas.

O astronauta Bob Hines já teve oportunidade de registar a partir da Estação Espacial alguns dos efeitos destas auroras e partilhar no Twitter.

O SpaceWeatherLive indica que nos dias 18 e 19 de agosto se podem atingir níveis máximos de Kp7 e Kp6, numa escala de 10 pontos de atividade geomagnética.

Pode acompanhar a atividade solar através do SWPC do NOOA ou do Met Office, mas se gosta de seguir as auroras boreais vale a pena acompanhar o SpaceWeatherLive.