No final de setembro, a missão DART da NASA chocou de propósito contra o asteroide Dimorphos. A missão foi bem-sucedida, testando a capacidade de alterar a rota de um asteroide no Espaço. O momento do impacto ficou registado para a História, mas também o rescaldo foi captado na Terra, através do telescópio SOAR (Southern Astrophysical Research) no Chile. 

Dois dias após a missão, os investigadores do NOIRLab (National Optical-Infrared Astronomy Research Laboratory) utilizaram o telescópio para captar o rasto de poeira e destroços resultantes do impacto entre a sonda DART e o asteroide. Na imagem partilhada é possível observar uma “cauda”  de poeira que se estende por 10.000 quilómetros desde o local de impacto. 

Rescaldo da DART captado através do telescópio SOAR (Southern Astrophysical Research)
CTIO/NOIRLab/SOAR/NSF/AURA/T. Kareta (Lowell Observatory), M. Knight (US Naval Academy)

De acordo com os investigadores, as observações feitas através do telescópio serão fundamentais para ficar a conhecer melhor as características da superfície do asteroide Dimorphos, incluindo quanto material resultou do impacto e como este pode alterar a sua rota.

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Recorde-se que, além da câmara da própria sonda que chocou contra o asteroide, o LICIACube, um pequeno satélite da Agência Espacial Italiana, também captou a missão, viajando atrás da DART com o objetivo de a registar uma distância segura de 55 quilómetros.

Como pode ver na galeria que se segue, as primeiras imagens captadas pelo LICIACube, que chegou à Terra cerca de três horas após a DART ter chocado com sucesso com o asteroide, incluem uma comparação antes e depois do sistema de asteroides Didymos, bem como fotos de detritos brilhantes em redor de Dimorphos.

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