Os utilizadores de aplicações móveis estão a gastar cada vez mais nestes itens. A tendência não nasceu na pandemia, mas ganhou escala num ano em que ficar em casa foi o lema, ajudando a afirmar os modelos de subscrição.
Dados da Sensor Tower Store Intelligence mostram que em 2020 os gastos nas 100 maiores aplicações (que não jogos) com modelos de subscrição cresceram 34% para 13 mil milhões de dólares, bem como as receitas globais geradas por compras em aplicações, que atingiram os 111 mil milhões de dólares.
Os dados revelam também que as apps com opções de subscrição representavam no final do ano 11,7% deste bolo. No último trimestre de 2020, 86 das 100 maiores aplicações (que não jogos) do mercado tinham uma versão de subscrição, um ano antes eram 89.
Por plataformas, as 100 maiores aplicações da App Store com subscrição renderam 10,3 mil milhões de dólares em 2020, mais 32% que um ano antes. As 100 maiores do Google Play renderam 2,7 mil milhões de dólares, num crescimento de 42%, que ainda assim não absorveu a diferença histórica na rentabilidade das aplicações pagas numa e noutra plataforma.
Quem mais ganhou com a vontade de gastar em apps foi a Alphabet, dona da Google ou do YouTube e foi precisamente a plataforma de vídeos, o serviço onde os utilizadores mais investiram. Mais concretamente 991,7 milhões de dólares.
O ano evidencia uma tendência dos editores para apostarem cada vez mais em modelos de subscrição, admite a Sensor Tower, sublinhando que oito dos 15 maiores títulos já têm pacotes de subscrição. Nas apps de jogos essa tendência também é evidente.
“Esta alteração de estratégia segue a tendência dos consumidores, que mesmo antes da pandemia de Covid-19 já estavam a gastar mais nas aplicações mais populares”, refere Stephanie Chan, Mobile Insights Strategist da Sensor Tower.
A pesquisa também analisa a despesa com aplicações nos Estados Unidos, um dos mercados que mais consome este tipo de serviços e conclui que os consumidores gastaram 33 mil milhões de dólares com compras em aplicações ao longo do ano. Desta despesa, 17,6% foi gasto nas 100 maiores.
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