Os smartphones da Apple e da Samsung lançados nos últimos três anos podem estar a emitir níveis de radiações eletromagnéticas acima dos limites estabelecidos pela Comissão Federal de Comunicações (FCC). Os modelos mais antigos que ainda recorrem ao 3G e ao 4G são os que podem exceder até 5 vezes mais o nível recomendado, avança uma investigação do Chicago Tribune.
A norma SAR (Specific Absorption Rate) mede a absorção da radiação pelo corpo humano durante a uso de dispositivos eletrónicos. De acordo com a regra criada em 1996 pela FCC, o valor não deverá ultrapassar os 1,6 watts por grama.
A investigação levada a cabo pelo jornal americano em conjunto com o RF Exposure Lab, na Califórnia, comparou 11 modelos diferentes de smartphones: quatro da iPhone (o iPhone 7, 8, 8 Plus e o X), três da Samsung (o Galaxy S8, o S9 e o J3), três da Motorola (o e5, e5 Play e g6 PlAY) e ainda um Blu Vivo 5 Mini.
Os resultados demonstram que o iPhone 7, assim como todos os modelos em análise da Samsung, são os equipamentos com o maior nível de emissão de radiações do conjunto. No caso do dispositivo da Apple, a quantidade emitida era entre 2 a 4 vezes superior ao limite estabelecido pela FCC quando testado a 2 milímetros do corpo. Já o Galaxy S8 sagrou-se como o pior do grupo, apresentando um valor 5 vezes maior àquele indicado pela norma à mesma distância.
No entanto, para já, não há motivo para pânico, indica a CNet. De acordo com o website, existe a possibilidade de os resultados apresentados serem inconclusivos, uma vez que a dimensão da amostra era limitada. Além disso, a FCC considerou que a investigação levada a cabo não foi tão minuciosa quanto os seus testes oficiais, sendo que, de acordo com o jornal de Chicago, a Comissão irá iniciar um processo de pesquisa aos dispositivos em questão.
Quando questionado pela CNet em relação à investigação, um porta-voz da Samsung indicou que os smartphones da marca vendidos nos Estados Unidos “cumprem as normas da FCC”, sendo que são “testados de acordo com os mesmos testes protocolares usados por toda a indústria”. De modo semelhante, a Apple declarou também que os seus dispositivos, incluindo o iPhone7, seguem as regras em vigor dos países em que são comercializados, indica o website iMore.
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