Em julho foi lançado o Phone (1), o primeiro smartphone da Nothing, que o SAPO TEK teve a oportunidade de experimentar. O aspecto do smartphone promete não deixar ninguém indiferente, no entanto, uma nova análise da iFixit revela que o design acaba por tornar as reparações desnecessariamente complicadas.
Os especialistas começam por explicar que, à primeira vista, um smartphone com uma traseira transparente, que deixa antever a composição interior do equipamento, até pode parecer uma boa ideia no que respeita a reparações.
A desmontagem do Phone (1) revela uma realidade diferente. Durante o processo, os técnicos verificaram que a maioria dos componentes visíveis a partir do exterior não são funcionais, servindo mais como elementos de design.
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Além disso, o interface Glyph, que usa LEDs integrados para reagir às notificações ou a certas funcionalidades e que é um dos pontos de destaque mais estéticos do smartphone, é uma autêntica “dor de cabeça”.
De acordo com a iFixit, para conseguir aceder a componentes-chave, como a bateria ou o ecrã, é necessário remover cuidadosamente cada um dos elementos do interface, dificultando o processo de reparação.
Por exemplo, é necessário um total de 55 passos para substituir o ecrã do Phone (1). No caso do Galaxy 21 Ultra da Samsung, são necessários 38 para completar o mesmo processo.
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Já no que respeita a uma substituição da bateria do smartphone da Nothing, são necessários 43 passos. Por contraste, o do iPhone 13 Pro Max da Apple requer 36. A reparação do próprio interface Glyph é outro problema, pois o mesmo é composto por mais de 900 LEDs.
Em suma, os especialistas da iFixit concluem que, para uma empresa que se compromete a tentar eliminar as barreiras entre pessoas e tecnologia, a Nothing perdeu uma oportunidade para apostar na reparabilidade, em particular, ao lançar o Phone (1) sem guias de reparação e peças de substituição oficiais.
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