A conclusão é do popular site iFixit, especialista em reviews técnicas a equipamentos informáticos. Recorrendo ao mesmo modelo de testes, o site concluiu que as diferenças entre o novo iPad de 10.ª geração da Apple e a versão Air 4.ª geração do tablet, lançada em 2020 e recentemente descontinuada, são mínimas.

A Apple apresentou o novo modelo como completamente redesenhado e na verdade há pouco mais do que algumas mudanças externas no tablet. Em termos de especificações, a maior diferença entre os dois modelos está na câmara frontal, que na versão de 2010 tinha sete megapixels e tem agora 12 megapixels, para além de estar fisicamente num sítio diferente.

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O processador, o ecrã, a câmara traseira, a bateria ou os atributos de vídeo são iguais nos dois modelos. A iFixit defende mesmo que em alguns aspectos a versão antiga do modelo leva vantagem, como no suporte ao Apple Pencil. A 10.ª geração do iPad apenas suporta a primeira geração da caneta. O iPad Air 4 suportava a segunda.

Entretanto, a Apple já tinha explicado que o iPad 10 não integra a versão mais recente do Apple Pencil, porque não tinha espaço físico no interior do equipamento para acomodar a câmara frontal, no novo local onde está, e o mecanismo sem fios de carregamento que o Pencil de segunda geração exige.

Já a favor desta 10.ª geração do iPad estará o material do ecrã, mais barato de substituir que o ecrã laminado usado no iPad Air 4, refere-se também. Um aspeto que o site não refere nesta comparação, mas que também marca a diferença entre os dois modelos, é o suporte para 5G, que o iPad Air 4 não tem.

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Além de suporte para 5G, o iPad de 10.ª geração integra Wi-Fi 6, um ecrã Liquid Retina de 10,9 polegadas e um processador A14 Bionic. A câmara traseira é uma ultra grande angular de 12 MP, com suporte à gravação de vídeos a 4K, atributos que também era possível encontrar no iPad Air 4, e que nesta nova versão do tablet integram uma proposta que chega às lojas com preços a partir dos 599 euros.

Entre o iPad Air de 4.ª geração e o novo iPad de 10.ª geração, a marca tem outras opções com características diferentes. A questão levantada pela iFixit é se faz sentido comprar um equipamento novo em 2022, com as mesmas características de um modelo lançado em 2020.

No caso já não é possível comprar o iPad Air de 4.ª geração novo, porque a Apple deixou de o vender, mas não deverá isto ser uma chamada de atenção para a opção de comprar equipamentos recondicionados (se não for possível estender mais o ciclo de vida dos que já se tem), sem medo de perder “atualidade” tecnológica? Fica a pergunta.