A Bullit antecipa o Mobile World Congress com o anúncio do Cat S75, o seu novo smartphone topo de gama rugged, que introduz funcionalidade de comunicações via satélite que a empresa apresentou anteriormente, destacando-se pelo seu tamanho compacto, do tamanho de bolso.
O smartphone tem um processador MTK D930 de oito núcleos da MediaTEK, conetividade 5G e compatibilidade com o sistema de satélite da empresa. Oferece 128 GB de armazenamento interno, com expansão via MicroSD e 6 GB de RAM.
O seu ecrã tem 6,6 polegadas, com resolução FHD e rácio de imagem 20:9. Como seria de esperar, o ecrã foi otimizado para ser utilizado com luvas, por exemplo. A fabricante promete uma autonomia de dois dias para o equipamento, alimentado por uma bateria de 5.000 mAh. Tem carregamento rápido a 15 W e suporta alimentação wireless via sistemas Qi. Tem sensor de impressões digitais na traseira, um botão programável e botão de SOS.
Veja na galeria imagens do Cat S75:
O smartphone é lançado com Android 12, mas tem garantia de upgrade para as duas versões seguintes (13 e 14), além de cinco anos de atualizações de segurança. Esta versão tem certificação Android Enterprise, devido às suas funcionalidades de gestão.
A Bullit diz que não esquece os temas da sustentabilidade e apresenta uma embalagem do smartphone sem plástico, além de que é construído com materiais reciclados. Promete ainda mais 30% de longevidade de vida dos equipamentos do que os smartphones convencionais. E que o Cat S75 foi criado para durar mais tempo.
O Cat S75 tem um módulo com três câmaras (50 MP, 8 MP e 2 MP), assim como um sensor frontal de 8 MP. A fabricante diz que o smartphone pode gravar vídeos ou captar fotografias dentro de água.
Para mostrar a capacidade de resistência do smartphone, foi testado em quedas de uma altura de 1,8 metros, foi colocado dentro de água a 5 metros por 35 minutos, tendo recebido a certificação IP68 e IP69K, igualmente válido para resistência o pó. O equipamento é protegido por Gorilla Glass Victus, sendo também mais resistente a riscos. Também resiste a vibrações, humidade, altas e baixas temperaturas, valendo a certificação militar MIL-SPEC 810H. Também resiste a dobragens, a produtos de sanitização e é também antibacteriano.
A aposta nos serviços de satélite para todos os smartphones iOS e Android
O serviço de rede é uma das preocupações da empresa e por isso, o novo modelo conta com o sistema Bullitt Satellite Messenger, garantindo transmissões via satélite. Em locais sem cobertura, sobretudo em áreas remotas do interior, fica garantido comunicações de emergência por satélite. A Bullit reconhece que não se trata de tecnologia nova, mas esta é considerada de nicho por ser muito cara. O seu objetivo é introduzir estes serviços de forma mais acessível, orientada para o consumo, como explicou Peter Cunningham. A empresa trabalhou com a MediaTek para introduzir o seu chip de comunicação por satélite nestes novos equipamentos.
O serviço tem como objetivo chegar às pessoas que desejam apenas manter uma ligação com zonas rurais e estarem descansadas com a segurança dos seus entes queridos, apontando para mil milhões de pessoas no mundo entre viajantes, família e amigos. Para profissionais de missões críticas, há 20 milhões de trabalhadores, desde polícias, bombeiros e outros funcionários de emergência a precisarem deste tipo de comunicações. Para negócios críticos, tais como transportes públicos, logística, equipas remotas, aponta para 500 milhões de trabalhadores. Por fim, apenas para pessoas com hobbies como caminhadas, exploração, ciclistas, caçadores ou pescadores, e outras atividades mais rurais, a empresa espera chegar a cerca de 750 milhões de pessoas.
O serviço chega globalmente durante 2023 e toda a Europa vai estar coberta no primeiro trimestre do ano, incluindo Portugal. Peter Cunningham diz que tripulantes de navios estão habituados a este tipo de tecnologia no país.
O responsável da Bullit explica que a aplicação será partilhada sobretudo por um grupo pequeno, de contactos de emergência da lista de telefones, porque tem custos de utilização. Os utilizadores podem enviar textos em caracteres Unicode até 140 bytes por cada mensagem. Também partilha de localizações ou check ins. A aplicação funciona em smartphones iOS e Android. Quem comprar o novo smartphone tem acesso gratuito ao serviço de SOS por 12 meses como teste. Os planos variam mediante o número de mensagens que pretende enviar por mês.
Além das duas variantes do smartphone que vão ser apresentados no MWC, o Cat S75 e o Motorola Defy 2, a empresa tem uma nova surpresa para o seu portfólio. Trata-se de um equipamento Bluetooth, que parece um porta-chaves do tamanho de um cartão bancário. Chama-se Motorola Defy Horizon, um acessório que liga a qualquer smartphone convencional por Bluetooth, transformando-o num equipamento ligado a satélite totalmente compatível com o serviço. Este tem uma bateria de 600 mAh, resistência semelhante aos smartphones rugged, com as devidas certificações militares de resistência e design duradouro.
A empresa considera o acessório como um “seguro de vida”, para estar guardado no carro “e esperar que nunca seja preciso utilizar”. Pode partilhá-lo com amigos ou familiares, quando forem em viagem, por exemplo. Peter Cunningham diz que é um produto especial.
O smartphone Cat S75 custa 599 euros e inclui três meses de serviço de comunicação por satélite. Já o adaptador Motorola Defy Horizon terá um preço de 199 euros e oferece 12 meses do serviço incluído.
Peter Cunningham diz que ainda existe apenas um pequeno grupo de pessoas a utilizar frequentemente estes serviços, desde marinheiros de embarcações, mas o preço é muito caro, tanto dos equipamentos como os serviços. A Bullit assume que está a ser muito agressiva nesses mesmos preços, porque acredita que se vai tornar mais mass market no futuro. Mesmo em países com boas ligações há sempre “buracos” na rede e falhas onde estes equipamentos podem ser importantes.
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